Apesar de o mercado de vestíveis receber cada vez mais produtos e de o público fitness recorrer a esses dispositivos para tornar suas sessões de exercícios ainda mais refinadas, parece que essa popularidade não está se convertendo em vendas – pelo menos para alguns dos grandes nomes do mercado. Prova disso é a queda brusca no valor das ações da Fitbit na última quarta-feira (2). Os papéis foram negociados a um preço 30% menor depois que a companhia anunciou resultados bem mais tímidos para este ano.
Esse a respeito da mudança nos números projetados pela empresa deveria garantir que todos estivessem na mesma página a respeito da situação atual da operação, mas, infelizmente, a notícia não pareceu soar bem no mercado ou aos ouvidos dos investidores. Nem o pronunciamento de James Park, CEO da Fitbit, durante a conferência de ganhos da marca impediu que as ações sofressem um baque considerável. “Continuamos a crescer e somo lucrativos, mas não no ritmo projetado anteriormente”, admitiu o executivo.
Nem os novos lançamentos da marca suavizaram a queda nas ações
Sinceridade é uma palavra que define a frase de Park, uma vez que, até então, os analistas esperavam que o rendimento por ação da companhia durante o quarto trimestre ficasse na casa dos US$ 0,75 (R$ 2,43). A realidade após todas as mudanças? Ganhos que devem ficar apenas entre US$ 0,14 e US$ 0,18 – respectivamente R$ 0,45 e R$ 0,58. Nesse novo cenário, a renda total cai de US$ 2,6 bilhões (R$ 8,4 bilhões) no ano de 2016 para, no máximo, US$ 2,4 bilhões (R$ 7,78 bilhões).
A recuperação da marca pode vir na forma de melhorias na utilidade dos produtos
Apesar de o lançamento recente de gadgets como o Charge 2 e o Flex 2 terem trazido novos consumidores para o lado da Fitbit durante o terceiro trimestre e garantido que a empresa anotasse um aumento de venda na faixa de 11% em relação ao período anterior, isso não deve suavizar as perdas desse final de ano – mesmo que os eletrônicos sejam bastante populares como presentes nessa data. Para o executivo, a recuperação da marca pode vir na forma de melhorias na utilidade dos produtos da casa e maior interação com o ecossistema de saúde.
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