Não é só de lançamentos para consoles e PCs de última geração que vive a BGS 2018. No estande de PlayerUnknown’s Battlegrounds, o popular PUBG, os smartphones também roubam a cena. Disputando a atenção e as filas com influenciadores e hardwares bem mais parrudos, os celulares estão cada vez mais imersos nas competições de eSports e trazem títulos de cada vez mais qualidade.
Mas qual é o panorama atual do mercado brasileiro de jogos mobile? Superamos todas as dificuldades ou ainda há muito o que fazer? O TecMundo conversou com Julio Cesar Vieitez, CEO da Level Up Brasil, para entender a situação e saber também onde PUBG se encaixa nisso tudo.
A migração para a telinha
Segundo Vieitez, só há vantagens no crescimento do mercado mobile: quem não conhece o game passa a gostar e os já veteranos enquanto outra plataforma. “A pessoa tem no celular uma jogabilidade adaptada sem o mouse e tudo mais, mas a parte gráfica não deixa nada a desejar. Se ele tiver um celular bom, a experiência vai ser animal, porque o gráfico é fora de série”, explica, dando PUBG como exemplo.
Você tem vários jogos casuais e hardcore, tudo no mesmo ambiente e com pessoas muito diferentes nessa interação. É uma plataforma democrática
Além disso, os jogos aumentaram muito em qualidade, extraindo o máximo dos aparelhos, e as conexões móveis ficam cada vez potentes e estáveis.
E o Brasil?
Quando questionado sobre o panorama atual do mercado de jogos mobile no país, Vieitez não teve dúvidas em elogiar. “É absurdamente favorável. Não está crescendo, está explodindo e, nos últimos dois anos, cresceu em uma velocidade assombrosa em vários aspectos”, afirma.
Além disso, segundo ele, o mercado brasileiro traz celulares não tão poderosos e a monetização não é tão fácil quanto em outros países. Entretanto, o público é mais "vocal" em relação aos responsáveis pelo jogo. Isso é positivo, porque às vezes existe uma dificuldade em saber porque o jogo não vai bem, ou saber que atualizações são mais pedidas.
Uma dos pedidos atendidos é o segundo jogo de PUBG para celular, a versão Lite, com partidas de 40 pessoas e que dura 10 minutos. As rodadas são mais frenéticas e ele funciona em celulares mais simples, inclusive com menos de 2 GB de RAM, em modelos que não rodam bem o PUBG mobile.
O CEO ainda cita o 5G como um fator determinante para o futuro. “A nossa internet era sofrível, hoje ela é bem melhor e isso facilita muito os jogos que são multiplayer. Dois anos atrás, a gente falava para alguns desenvolvedores que era melhor nem vir para o Brasil porque não daria para jogar online. Hoje, isso já saiu completamente das discussões”, relata.
O futuro
E quais são os próximos passos do mercado de jogos mobile? Pa Vieitez, eSports já são uma realidade. “Espero muito engajamento da comunidade, várias ligas diferentes. Os times vão participar de forma mais forte também. Já temos premiações altas e a tendência é que isso seja bem mais completo”, comemora.
Outra possibilidade são os smartphones gamers: o Razer Phone 2, que o TecMundo testou na feira, é uma das possibilidades desse público mais fã. Vieitez ainda tem algumas dúvidas sobre esse mercado, porque smartphones gamers também farão aquilo que os celulares normais já fazem, mas precisam de um diferencial em termos de controle.
Razer Phone 2.
“O que talvez vai definir se eles têm futuro é se vão providenciar uma experiência a mais ou se só vai ser capacidade de processamento. Porque você vai tirar fotos, usar a internet... Mas, se a jogabilidade for realmente diferente, eles brigam não só com celulares, mas com os portáteis, incluindo até o Nintendo Switch”, finaliza.
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