Volkswagen vai apresentar seu primeiro veículo 100% elétrico em Paris

Se você se interessa por tecnologia automotiva e quer ver o que as montadoras estão preparando para o futuro, o Paris Motor Show deste ano está imperdível. As marcas de casa, como a Citroën e a Renault, já deram um gostinho do que deve ser apresentado por lá – e até mesmo o pessoal da Volkswagen já antecipou o que vem por aí: seu primeiro carro 100% elétrico.

A notícia veio através do chairman da marca alemã, Herbert Diess, que disse que o veículo deverá ter as mesmas dimensões de um Golf, mas com o interior espaçoso como o de um Passat. Um protótipo será mostrado em Paris e o lançamento oficial deverá acontecer no fim de 2018 ou começo de 2019.

Essa revelação confirma uma expectativa que havia sido criada quando o CEO da Volks, Matthias Müller, disse que os engenheiros da marca foram desafiados a criar um carro elétrico que fosse tão icônico quanto o Golf e que oferecesse uma autonomia de aproximadamente 500 quilômetros, além de poder recarregado em 15 minutos e custando menos que os carros atuais.

O plano foi revelado no Salão de Genebra e a previsão de lançamento estava lá para 2025. “Ninguém pode dizer quando será uma realidade, mas estamos trabalhando nisso”, disse Müller na ocasião, que também externou sua ambição de que essa receita seja suficiente para colocar a VW como pioneira num segmento que não existe, mas é extremamente promissor.

Diess, por sua vez, já disse que o centro de pesquisa e desenvolvimento da marca, em Brahnschweig, já está a todo vapor para desenvolver o novo carro, que deve seguir o conceito de “veículo da era digital”, com tecnologia de ponta na parte de conectividade e infoentretenimento.

A iniciativa vem após um período conturbado para a montadora alemã, que se envolveu em um dos maiores escândalos de fraude de relatórios de emissão de poluentes com seus modelos a diesel nos Estados Unidos. “Estamos usando essa crise para realinhar o grupo. Sinto que temos a chance de construir uma Volkswagen nova e melhor”, declarou Müller.