Jogos de futebol dependem não só da habilidade de quem está no controle, mas também de dados — seja em títulos mais de arcade, como o Pro Evolution Soccer, ou hardcores e totalmente baseados em estratégia e estatística, como o Football Manager.
O site Motherboard fez uma matéria bastante curiosa sobre a vida de quem se dedica a atualizar essas informações: colaboradores voluntários que são assalariados ou não e passam horas durante a semana assistindo a partidas e anotando absolutamente tudo o que acontece com cada jogador.
É a partir dessas anotações que atributos de atletas são modificados: ao longo da temporada, o chute do atacante pode ter melhorado, o que aumenta a sua "Finalização". Ao mesmo tempo, aquele meio-campo mais velho pode ter perdido o pique, o com certeza diminui "Aceleração" e "Velocidade". As anotações não são diretas: é preciso observar um atleta sem a bola, a postura dele no ataque ou na defesa e o desempenho durante toda uma temporada, para que somente uma má fase não seja tomada como os números definitivos de um atleta.
Dá para perceber que os envolvidos realmente gostam do que fazem. De terça a domingo, o programador Celso Fernando Jung assiste a partidas de todo o mundo como fã e colaborador. Ele é voluntário desde 2009 e tem como "especialidade" no Football Manager avaliar os atletas de Santa catarina. Já Paulo Freitas é pesquisador-chefe do FM no Brasil desde 2005 e ganha para fazer o trabalho, que também envolve coordenar a equipe de "olheiros" brasileiros do game.
Há bastante responsabilidade envolvida, já que as anotações podem fazer a diferença no game: uma jovem promessa pode virar "mito" das categorias de base e um atleta bom de bola nas partidas de verdade pode acabar virando só mais um perna de pau. A reportagem completa pode ser lida neste link.
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