Um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de South Wales (USW), na Austrália, constatou que a motivação de muitas pessoas na hora de jogar títulos violentos de video game está fortemente relacionada ao desejo por relações sexuais. Além disso, a pesquisa indica que, no caso das mulheres, curtir um jogos cheio de tiros, explosões e sangue faz com que se sintam mais atraentes para o sexo oposto.
Para realizar o trabalho, o cientista evolucionário Michael Kasumovic e Tom Denson, professor associado de psicologia da USW, entrevistaram 500 homens e mulheres estadunidenses adultos que se consideram gamers. Os estudiosos incialmente pediram que cada candidato indicasse os cinco games que jogaram mais recentemente e explicassem quão violentos acharam que esses títulos eram.
Embora os homens realmente tenham demonstrado gostar mais de jogos cheios de violência do que as mulheres, os pesquisadores revelam que a diferença entre os sexos não foi tão grande quanto os estereótipos costumam sugerir. Na sequência, os cientistas fizeram perguntas para medir o interesse de cada participante por relações sexuais e pediram que os voluntários avaliassem seu próprio valor como namorados em potencial.
Gamers e sensuais
“O que descobrimos é que o desejo sexual está relacionado ao ato de jogar games violentos. Tanto os homens quanto as mulheres que disseram ser mais interessados por sexo costumam se divertir mais com títulos do tipo. Mas o mais interessante foi o que vimos quando olhamos para o ‘valor como parceiro”, explicaram os pesquisadores no estudo.
Embora os cientistas não tenham encontrado qualquer relação entre a quantidade de games violentos que os homens jogam e a forma como pensam de si mesmos como namorados em potencial, o mesmo não pode ser dito das mulheres. Segundo Kasumovic e Denson, a relação entre os dois fatores foi forte no sexo feminino, com as participantes que curtem títulos violentos claramente se considerando “partidos melhores” do que as que preferem outros tipos de jogos.
Para confirmar os resultados, os cientistas repetiram a pesquisa com mais 500 participantes e aproveitaram para pedir que os voluntários avaliassem o quanto as jogatinas fazem com que se sintam fortes, atraentes e sensuais. “Parece que as mulheres eram levadas aos games porque isso melhorava a percepção de si mesmas como parceiras românticas de alta qualidade”, afirmam os estudiosos.
Mano a mano
Kasumovic e Denson afirmam que o achado faz sentido do ponto de vista evolutivo, já que, assim como qualquer animal, as pessoas que conseguiam competir melhor para conseguir suprimentos e parceiros acabavam tendo mais filhos. Dessa forma, aqueles que desejam ter acesso a uma variedade maior de pretendentes precisam ser competitivas o suficiente para ter acesso a eles.
“Então, os jogos violentos podem estar ativando alguma inclinação ancestral para comportamentos competitivos que servem para provarem seus próprios valores como companheiras”, desenvolve o estudo. Como os games do tipo costumam proporcionar uma arena virtual que permite que homens e mulheres possam competir de igual para igual, Kasumovic e Denson nomearam seu achado de “hipótese da prática de dominância”.
E você, acha que as garotas gamers realmente costumam se achar namoradas melhores do que as que não jogam? Acredita que a pesquisa é generalista e não possui qualquer utilidade prática? Deixe sua opinião nos comentários.
Via Mega Curioso.
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