Dominando o mercado ou não, a Nintendo sempre teve um lugar especial no coração dos gamers brasileiros – afinal, quem nunca se divertiu jogando uma das franquias clássicas da empresa? Exatamente por esse motivo é que muitos fãs se sentiram não somente abandonados, mas até mesmo traídos pela Big N quando, em janeiro deste ano, a companhia anunciou oficialmente o fim da distribuição de seus produtos aqui no Brasil.
Ainda assim, os fãs mais atentos às notícias da casa do Mario devem se lembrar que, há cerca de um ano, a Nintendo havia anunciado planos de lançar um console especialmente feito para os “mercados emergentes”, o que provavelmente incluiria nosso país – saiba mais clicando aqui. Embora essa esperança permanecesse, os novos planos da empresa com relação aos jogos mobile devem nos privar dessa oportunidade por mais algum tempo.
Em um pronunciamento recente, a Nintendo anunciou que vai adiar o lançamento do novo aparelho feito para os mercados emergentes para permitir que os jogos feitos para dispositivos móveis sirvam como uma espécie de teste nessas regiões. Segundo Satoru Iwata, presidente da companhia, expandir o negócio de games para smartphones vai aumentar suas chances de sucesso nos países que receberiam o console especial.
“Lançar um novo console em um mercado emergente e arriscar falhar não é algo que os investidores aceitariam agora. Os dispositivos móveis não apenas oferecem uma plataforma que já existe nos países em desenvolvimento, mas também é uma forma de baixo custo para testar esses mercados”, explica Yasuaki Kogure, chefe de investimentos da SBI Asset Management Co., empresa japonesa especializada no setor financeiro.
Escondendo as cartas
Após a Nintendo ter revelado que a entrada na área mobile dobraria seus lucros neste ano fiscal, o valor das ações da empresa cresceu mais intensamente do que já havia acontecido nas últimas sete semanas. Os papeis chegaram a uma alta de 9,5% na bolsa de Tokyo na última sexta-feira (8). Segundo a Big N, seus primeiros jogos para smartphones podem sair ainda este ano.
Com o término dos 14 anos de proibição da entrada de consoles de video game no território da China, a Microsoft e a Sony vem se movendo com rapidez para tentar garantir o sucesso do Xbox One e do PlayStation 4 por lá. Enquanto isso, a Nintendo ainda não revelou quais planos para sua entrada no maior mercado consumidor do mundo – e também permanece vaga com relação às suas ambições aqui no Brasil.
Segundo Iwata, os dispositivos inteligentes diminuem as barreiras para que as pessoas ao redor do mundo conheçam os jogos da empresa e personagens como o Mario. Ainda de acordo com o presidente, mais informações sobre o planos da Nintendo para os mercados emergentes serão reveladas em uma reunião estratégica a ser realizada ainda este ano.
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