O mundial de Cross Fire está batendo na porta de todos os apaixonados por jogos de tiros. Levando a competição para o outro lado do mundo, o CrossFire Stars 2014 seguirá para Seoul, na Coreia do Sul, para definir qual será a melhor equipe do mundo entre as 14 classificadas — e tudo com direito a uma cobertura especial do evento pelo BJ a convite da Smilegate.
Como você pode conferir na nossa prévia do evento, o Brasil será representado no torneio pela Keyd Stars. Aproveitamos a oportunidade para conversar com os jogadores da equipe e com Gabriel "Mit" Lucas, gerente de eSports da organização, para saber mais sobre a preparação e os desafios que os esperam lá na Coreia do Sul.
BJ: Poderiam nos fazer uma rápida apresentação de cada um dos seus jogadores?
Carlos “castiel” Henrique: tenho 20 anos, jogo há cinco anos e minha primeira viagem internacional foi em 2012.
Rafael “mendes” Mendes: tenho 16 anos, jogo há cinco anos e esta será a minha primeira viagem internacional.
Marcelo “selin'” Patrick: tenho 17 anos, jogo há cinco anos e essa será minha segunda viagem internacional.
Lucas “rst” Franco: tenho 20 anos, jogo há quatro anos e essa será minha segunda viagem internacional.
Lucas “wh1sky” Andrei: tenho 17 anos, jogo há cinco anos e essa será minha segunda viagem internacional.
BJ: Como um jogador de Cross Fire, quais são as maiores dificuldades que você aponta para quem quer competir em alto nível no Brasil?
Carlos “castiel” Henrique: Acredito que a maior dificuldade seja o tempo necessário de dedicação ao jogo. Chego a treinar oito horas diárias e acabo ficando sem tempo para outras coisas.
BJ: O crescimento das competições no Brasil e a chegada das gaming houses está trazendo motivações muito grandes a muitos jogadores. Quais são as suas perspectivas para o cenário profissional de Cross Fire nos próximos anos?
Carlos: Espero que o Cross Fire venha a crescer cada vez mais. Sabemos o quanto a Z8 Games apoia o competitivo e o quanto o Brasil tem a crescer nos eSports em geral.
BJ: O que motiva vocês a continuarem competindo pelo Cross Fire?
Carlos: O sonho de se tornar campeão mundial.
BJ: O jogo apresenta muitas características em comum com o gênero FPS, mas o que mais desafia e diverte vocês na hora de competir pelo Cross Fire?
Carlos: Como fã do gênero FPS, Cross Fire foi o jogo que mais me agradou por não se basear apenas no modo ''procurar e destruir'' e ser muito mais dinâmico que os outros.
BJ: Como é a comunicação da equipe quando vocês estão participando de um grande torneio?
Carlos: A comunicação é o fator mais importante no jogo. A meta é sempre comunicar muito bem o que vemos para não sermos surpreendidos pelo time adversário.
BJ: Qual o sentimento que mais se destaca quando você está disputando uma partida acirrada?
Carlos: Ansiedade.
BJ: Como vocês estudam as táticas das suas partidas?
Carlos: Assistimos a jogos de outros times e adaptamos o que pode ou não funcionar com a nossa equipe e contra nossos adversários.
BJ: Vocês estudam alguma equipe ou pegam referências de posicionamento de outros jogadores profissionais? O quanto isso impactou o desempenho da equipe nos últimos torneios?
Carlos: Estudamos todas as equipes brasileiras e internacionais. Isso com certeza fez diferença nos nossos últimos resultados e esperamos que faça no Mundial.
BJ: Vocês valorizam mais o treinamento individual do jogador ou a evolução em conjunto?
Carlos: Um pouco dos dois. A parte mais difícil é a evolução do time em si, fazer que os cinco joguem como um só. O individual é mais fácil de evoluir e ajuda na evolução do time. Digamos que os dois precisam estar bem para a equipe estar em alto nível.
BJ: Como está sendo a preparação e a rotina de treinos para o campeonato mundial?
Carlos: Treinamos a evolução em conjunto por quatro a seis horas diárias, além de duas a quatro horas diárias de treinamento individual, totalizando cerca de seis a dez horas diárias.
BJ: Quais equipes representarão desafios para a Keyd nesse mundial e por quê?
Carlos: Acredito que todas as equipes que chegam no Mundial têm seu potencial, porém o cenário chinês é sem dúvidas o mais complicado de se jogar contra. Devemos ter um cuidado especial quanto a eles.
BJ: A Coreia do Sul é conhecida como o templo dos eSports. Como está a emoção de representar o Brasil nesse palco dos games competitivos?
Carlos: É a realização de um sonho. Qualquer jogador de eSports sonha em estar na Coreia disputando um campeonato, é isso muito gratificante.
BJ: O que mais chama a atenção da Keyd Stars no cenário nacional de Cross Fire?
Gabriel “Mit” Lucas: Cross Fire é hoje o segundo jogo mais rentável do mundo, atrás somente de League of Legends. O cenário brasileiro já provou algumas vezes que tem chances de conseguir um pódio em um CF Stars. Esses foram os principais motivos do investimento.
BJ: Qual o diferencial que a Keyd enxerga nos jogadores da sua equipe de Cross Fire?
Gabriel: Todos os jogadores tiveram seus devidos destaques em equipes anteriores. A proposta era montar um time com alguns dos principais e mais antigos jogadores do cenário. Todos eles têm, principalmente, um grande diferencial em campeonatos presenciais, obtendo sempre bons resultados.
BJ: Como surgiu a possibilidade de patrocinar essa equipe?
Gabriel: A Keyd vinha há algum tempo querendo se expandir para mais um jogo. Assim, conversamos com Carlos “Castiel” Henrique, que nos propôs uma line-up forte com cinco dos principais jogadores de Cross Fire do país.
BJ: A Keyd Stars é muito conhecida pela estrutura e pelos resultados da equipe de League of Legends, mas como está sendo o suporte aos garotos do Cross Fire?
Gabriel: Eles ainda não possuem uma gaming house fixa, permanecem treinando de suas casas. Perto de algum campeonato, sempre fazemos um bootcamp em São Paulo, na nossa outra gaming house na Vila Maria, por aproximadamente um mês. Mas é estudada a possibilidade de uma casa fixa dependendo da quantidade de campeonatos no próximo ano.
BJ: A Keyd levantará a bandeira do Brasil na Coreia do Sul, o país com maior incentivo aos eSports. Qual o impacto dessa oportunidade nos projetos futuros da empresa?
Gabriel: Creio que o impacto não é direto nos projetos da empresa, mas sim no cenário de eSports no geral. Um time representando bem o Brasil lá fora gera maior apoio ao cenário do jogo no país, o que abre os olhos de grandes empresas e patrocinadores.
BJ: A administração da Keyd gostaria de deixar um recado para os fãs de Cross Fire?
Gabriel: Convidamos a todos para torcer pelo Vivo Fibra kStars e pelo Brasil no CF Stars e pela chance dos brasileiros fazerem história mais uma vez no gênero FPS.
Via BJ
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