Alex Mamed, de São José do Rio Preto (SP), possui a maior coleção de consoles e retrocomputadores gamers do Brasil: são 365 itens únicos e mais 60 repetidos. O título foi oficializado na última sexta-feira (21), durante o MSX Curitiba, no qual o colecionador recebeu um troféu do RankBrasil por sua marca.
Natural da capital paulista, Mamed começou a colecionar consoles no início dos anos 90. Ao fechar uma locadora de games, ele ficou com seis aparelhos iguais. “Resolvi trocá-los por outros diferentes e, como tinha mais quatro em casa, isso resultou em 10 aparelhos. Então decidi colecionar, mas nunca imaginei chegar a um número tão alto”, recorda.
O primeiro item foi um Atari 2600, que o paulistano pegou de seu irmão Alexandre. “Ele trouxe do Paraguai nos anos 80”, lembra. Por conta da diferença de sistemas entre o Brasil e o país vizinho, o primeiro console só reproduzia imagens em preto e branco. Mesmo assim, Mamed diz que ficou encantado.
Parte da coleção fica exposta em prateleiras
Raridades da coleção
Há mais de 25 anos colecionando, Alex Mamed pesquisa e compra os consoles em sites de vendas, feiras de games, anúncios em jornais e revistas. Ele também consegue os aparelhos com outros amigos colecionadores, como Ricardo Wilmers, ou ganhando de pessoas que o conhecem e sabem sobre a coleção.
Por segurança e falta de espaço, o recordista sempre muda os video games de lugar. “Os itens ficam em estantes, muito bem cuidados; alguns deixo nas caixas originais e outros expostos em prateleiras”, explica. Segundo Mamed, a coleção que começou por acaso mostrou que amigos são importantíssimos. “Estes consoles representam dedicação e me fizeram sonhar, querer acreditar que posso, sim, fazer um museu para mostrar a história do mundo dos video games”, almeja.
Mamed afirma que 90% dos itens da coleção estão em perfeito funcionamento, dos mais novos até os mais antigos. “Devido ao tempo parado, na hora de ligar alguns apresentam problemas como no som ou na imagem. Sempre levo para consertos”, comenta. Os itens mais raros, entre outros, são o Adventure Vision, Robby (Atari Branco), Megaducck, Video Art, Splice Vision e Aiwa CSD-GM.
Atari Robby foi um dos mais difíceis de conseguir
Console preferido
O console favorito de Mamed é o famoso Master System. “Para quem jogava Atari, a diferença de gráfico, som e até joystick, na época, era inimaginável. Este também foi o meu primeiro video game de verdade, já que o Atari 2600 era do meu irmão”, justifica.
Conforme o recordista, o Robby, conhecido como Atari Branco, foi o mais difícil de adquirir. Ele explica que, apesar de ter sido feito no Brasil, sua produção foi descontinuada, tornando-se único no mundo. “Uma rara e belíssima peça que estava com um grande amigo e colecionador Ronaldo Lorando. Foram 13 anos de negociação, finalizada em 2017”, comemora.
A coleção de Mamed, que já foi exposta em vários lugares, como shoppings, escolas e universidades, traz todas as gerações dos video games. “Como tenho desde o primeiro do mundo até os mais atuais, eu pude observar uma grande evolução em relação a gráficos, desafios, som, mídias, investimentos e, claro, conectividade”, afirma. “Por outro lado, apesar da qualidade dos atuais, os mais antigos ainda mantiveram os maiores desafios”, acrescenta.
Master System é o preferido do colecionador
*Via assessoria
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Via Mega Curioso.
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