A Capcom apostou em algumas franquias um tanto inesperadas nos últimos anos, e Dead Rising faz parte desse quadro. Trazendo bom humor, diversão e zumbis em uma perspectiva diferente, a série já está no coração dos fãs. Em Dead Rising 4, temos a promessa de resgatar a nostalgia do primeiro título, mas com as mecânicas das versões mais recentes.
Durante a Brasil Game Show 2016, tivemos a chance de conferir um pouco mais da aventura de Frank West nas ruas natalinas de uma cidade fictícia chamada Willamette. A zoeira está de volta e com todo o clima das festas de fim de ano e também tem presente: destroçar cabeças de zumbis e se divertir muito com as armas mais doidas e criativas possíveis. Confira o que achamos do game:
Dead Rising se limita: pouca novidade e muita repetição
Convenhamos: Dead Rising não teve muitas inovações desde o título original, que foi um dos primeiros de Xbox 360 lá em 2006. Porém, sempre tivemos novidades suficientes para aproveitar um novo game da franquia. Dead Rising 2 trouxe as combinações de armas e Dead Rising 3 foi um mix maluco de mundo aberto, veículos e armas ainda mais insanas.
Armas insanas e exoesqueletos fazem parte de Dead Rising 4
Porém, Dead Rising 4 me deixou com uma pulga atrás da orelha e sem saber bem ao certo o que esperar. O jogo traz o mesmo gameplay sólido, consistente e divertido que já presenciamos na última iteração da franquia, com equipamentos criativos, sistema de combos e até mesmo golpes especiais. E o que mais? Quase nada.
Contamos com muitas espadas e machados elementais, que têm dano de choque ou gelo, e alguns acessórios extras, como a armor suit, uma armadura de exoesqueleto. A barra de vida mudou para um contador de número (antigamente o HP era mensurado por quadrados brancos) e vemos uma pequena alteração ou outra na interface.
Apesar de serem mecânicas bem legais, elas já estão bem consolidadas e não trazem a mesma experiência gratificante que ofereciam há três anos. Matar zumbis de maneiras diversas é bacana, mas não há nenhuma grande novidade por aqui. No geral, Dead Rising 4 se parece muito com uma DLC grande do último game, com o fator nostalgia de trazer Frank West de volta.
Frank West retorna
Todavia, não vamos ser injustos com o jogo: trata-se de uma demonstração muito curta e com muito pouco do que está por vir. Porém, é inegável que o sistema de combate está praticamente intacto, sem grandes novidades. É um tiro no escuro, mas, se a versão final se limitar ao que vimos, Dead Rising 4 corre o perigo de carecer de impacto e relevância na indústria. De forma alguma será um game ruim, mas sem sombra de dúvidas algo que desperta pouco interesse dos fãs.
Visualmente bonito, mas com os mesmos problemas técnicos do passado
Dead Rising 4 parece usufruir da mesma engine utilizada por seu predecessor, que já era bonito, mesmo para o começo da geração. Entretanto, o terceiro jogo da série veio em 720p no Xbox One e com frames travados a 30 quadros por segundo, algo que, comparado com outros títulos, como Battlefront e Rise of the Tomb Raider, é uma defasagem técnica.
Muitos zumbis na tela causa problemas de performance
Porém, é totalmente compreensível: começo de geração, hardware novo e o Kinect ainda era obrigatório em todos os jogos. Contudo, isso era aceitável em 2013, não em 2016. É difícil estimar a resolução de Dead Rising 4, mas é certo afirmar que o framerate está sofrendo bastante. Quando muitos efeitos ou zumbis brotam na tela, a taxa de frames cai para 20 ou até menos.
Considerando que o game não está muito longe do lançamento, trata-se de algo no mínimo preocupante. Isso impacta na diversão? Sim e não, dependendo do quão grave e frequente forem esses problemas técnicos. O game sai dia 6 de dezembro exclusivamente para Xbox One e Windows 10, mas sem o recurso Play Anywhere da Microsoft.
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