A Uber parece estar tentando desesperadamente se desvencilhar de seus (inúmeros) problemas para continuar firme em seus projetos. Depois de executivos saindo, encrencas com a irmã do Google – o que afastou um executivo também –, motoristas malucos e diversos casos de assédio sexual nos Estados Unidos, a plataforma de ride-sharing segue planejando colocar carros para voar até 2020.
O mais novo capítulo desta história foi o anúncio feito pela empresa há algumas semanas de que ela está fechando uma parceria com as cidades de Dallas e Dubai para fazer com que a frota de veículos voadores saia do papel nos próximos três anos. A notícia foi dada por Jeff Holden, responsável pela área de produtos da Uber.
A ideia é que os veículos voadores sejam pequenos, elétricos – para eliminar qualquer tipo de emissão e barulho –, e tenham capacidade para decolar e pousar verticalmente, possibilitando sua operação em cidades.
Uma viagem entre San Francisco e San Jose em um desses “carros voadores” poderia ser reduzida, segundo a Uber, de duas horas para apenas 15 minutos. O custo estimado seria pouco maior que o atualmente registrado no UberX e que o valor para se voar pode ser mais baixo do que o de ter um veículo próprio.
Aliás, falando nesses automóveis voadores, nenhum conceito foi apresentado até agora. O mais próximo que chegamos disso foi com o Pop.Up, um híbrido entre carro e drone desenvolvido pela Airbus em parceria com a Italdesign, mas nada da Uber, que já anunciou também parcerias com empresas como a Bell (fabricante de helicópteros), Aurora, Pipistrel, Mooney e até mesmo com a brasileira Embraer – até um engenheiro da NASA foi contratado pra fazer a coisa andar.
A ideia da companhia de fazer uma frota de carros voadores foi lançada no ano passado sob a alcunha de Uber Elevate e foi uma forma que a plataforma de ride-sharing encontrou para contornar os problemas de tráfego constante nas grandes cidades.
“Você fica parado no trânsito e pensa ‘ah, meu Deus, tem que haver uma forma melhor de andar’ – e isso realmente vai mudar a forma como as pessoas vão usar sua cidade e a forma como elas vão se locomover”, explicou Holden.
Então é isso: depois dos carros e das bicicletas, o ar.
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