O chefe da divisão de carros autônomo da Uber, Anthony Levandowski, deixou o cargo, pelo menos por enquanto. De acordo com um email obtido pelo periódico Business Insider, ele fica longe das atividades relacionadas ao LIDAR, a tecnologia primordial dos veículos sem motorista, enquanto sua ex-empregadora, a Waymo, estiver em disputa judicial com a atual.
Em janeiro do ano passado, Levandowski criou sua própria empresa, a Otto, ao largar o setor de sua especialidade na Waymo, companhia que faz parte do conglomerado Alphabet, liderado pela Google. Oito meses depois, a startup do engenheiro foi adquirida pela Uber por US$ 680 milhões.
Os sensores com tecnologia LIDAR, que teriam sido "copiados" por Levandowski na Waymo e levados para a Uber
Uma das principais razões de ele ter liderado sua equipe atual foi para avaliar o funcionamento dos sensores LIDAR, que calculam a posição dos objetos no mapa e são considerados essenciais para a navegação dos automóveis, impedindo-os que batam em obstáculos ou pessoas. E a Waymo acusa Levandowski de roubo de propriedade intelectual e violação de patente por ter baixado 14 mil documentos desse estudo e levado para seus atuais trabalhos.
Como fica agora
Levandowski permanece na Uber supervisionando áreas de operações e segurança no setor de carros autônomos e quem assume seu cargo como chefe é Eric Meyhofer, expert em robótica. Nesse momento, sua empresa prefere manter uma postura mais defensiva, já que entende que o alvo da ação judicial é seu empregado.
O caso deve ainda render mais episódios na próxima semana, quando acontecem audiências preliminares. Isso tudo faz parte de uma grande briga nos bastidores, pelo crescente mercado de veículos automáticos. Muitos analistas da indústria acreditam ser o próximo grande passo no setor de transporte, uma investida que futuramente pode trazer dezenas de bilhões de dólares.
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