Além do entrave legal com os governos locais onde opera, o Uber tem enfrentado uma série de problemas quanto à segurança de passageiras do sexo feminino. Várias denúncias de estupros e tentativas já foram feitas contra os motoristas do serviço mundo afora, e, por isso, foi criado em Boston, EUA, uma versão do Uber que só admite mulheres como motoristas e passageiras.
Na verdade, o serviço também seria aberto para crianças de até 13 de ambos os sexos acompanhadas das mães, além de mulheres transgênero. O nome do app seria Chariot for Women, o qual daria uma sensação de segurança maior para mulheres ao embarcarem no carro de estranhos, ou de estranhas, no caso.
Dele para elas
Contudo, o criador do serviço é um homem, Michael Pelletz, que inclusive é ex-motorista do Uber. Ele contou ao Boston Globe que teve a ideia de abrir a companhia por já ter se sentido ameaçado por um passageiro e pensou: “Imagina se eu fosse uma mulher…”.
O app deve começar a funcionar em Boston na terça-feira da semana que vem, dia 19 de abril, mas é possível que não fique por muito tempo nas ruas. Com o intuito de proteger as mulheres, o Chariot for Women acaba promovendo a discriminação de gênero, o que seria, segundo especialistas consultados pelo jornal norte-americano, uma situação bem difícil de reverter durante um processo na justiça.
Com o intuito de proteger as mulheres, o Chariot for Women acaba promovendo a discriminação de gênero
Pelletz, entretanto, comentou que, caso seja processado, está disposto a levar o caso até a última instância no sistema legal dos EUA. Preços e a quantidade de motoristas já cadastradas ainda não foram informados, mas esses dados podem aparecer quando o app realmente começar a funcionar.
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