(Fonte da imagem: Reprodução/SEC)
De acordo com informações publicadas pelo New York Times, o Twitter marcou o dia 15 de novembro como a data para a sua estreia na Bolsa. A companhia escolheu a Bolsa de Nova York (NYSE) para negociar seus papéis, diferentemente da maioria das outras empresas de tecnologia, como Facebook e Google, que escolheram a NASDAQ. O símbolo da rede social nas negociações será TWTR.
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O Twitter já havia confirmado o envio de documentos à SEC (organização que cuida do mercado financeiro nos EUA, equivalente à CVM brasileira) em setembro, por meio de uma postagem na própria rede social. A companhia pretende arrecadar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,2 bilhões) em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
A estreia da rede de mensagens curtas no mercado de ações é a mais aguardada das companhias da internet desde quando o Facebook passou a ser uma empresa aberta, em maio de 2012. Na ocasião, a empresa de Mark Zuckerberg arrecadou US$ 16 bilhões (aproximadamente R$ 34,5 bilhões) e teve valor de mercado fixado em US$ 104 bilhões (em torno de R$ 224,6 bilhões).
(Fonte da imagem: Reprodução/SEC)
Falando de números
Segundo os documentos mais recentes enviados pelo Twitter à SEC, a rede social tem atualmente 232 milhões de usuários ativos, um aumento considerável dos 218 milhões divulgados nas versões iniciais dos papéis. Esse ponto se torna ainda mais importante quando levada em consideração a grande velocidade de crescimento do total de inscritos, o que sempre foi um aspecto que atraiu a atenção de investidores.
A empresa afirma ainda que teve 48 bilhões de tweets no terceiro trimestre, subindo dos 30 bilhões atingidos no segundo, o que configura outro sinal de crescimento. No entanto, o déficit total acumulado pela companhia chegou a US$ 483,2 milhões (aproximadamente R$ 1,04 bilhão) em setembro, US$ 65 milhões a mais do divulgado até então.
O aumento nos gastos pode significar um investimento considerável para melhorar os números da empresa para o IPO, assim como pode ser reflexo de aquisições recentes, como a do MoPub. A renda do Twitter também cresceu, mas de maneira bem menos significante, e a companhia alertou que o aumento dos rendimentos “vai diminuir no futuro por uma série de fatores, como a redução gradual do crescimento de nossa base de usuários”.
(Fonte da imagem: Reprodução/SEC)
No seu bolso
Mesmo com esses pontos, a situação financeira pré-IPO do Twitter apresenta diferenças marcantes da do Facebook, entre as quais está a participação do mercado móvel. Enquanto a rede social de Zuckerberg demorou para conseguir obter lucro com seu crescente número de usuários móveis, o serviço de mensagens curtas tem 65% de seu faturamento vindo desse tipo de dispositivo.
Outro ponto a se considerar é que o total de pessoas que acessam o serviço de microblog por meio de smartphones e tablets é maior do que o da grande rede social. Em junho deste ano, o Twitter já somava 75% dos seus usuários utilizando a rede social a partir de dispositivos móveis.
(Fonte da imagem: Reprodução/SEC)
Brasil na mira
Em 2013, 25% da receita total da rede social veio de fontes internacionais, o que pode parecer estranho quando se leva em conta que cerca de 77% dos usuários vivem fora dos EUA. Segundo a empresa, os principais países estrangeiros fonte de renda são Austrália, Brasil, Canadá, Japão e Reino Unido.
No entanto, como o anúncio custa US$ 2,17 (em torno de R$ 4,68) por timeline vista nos Estados Unidos e US$ 0,30 (aproximadamente R$ 0,65) no resto do mundo, o faturamento internacional acaba sendo reduzido. Para resolver o problema, o Twitter pretende ampliar sua área comercial em países-chave, entre os quais estão Brasil, Austrália, Irlanda e Holanda.
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