Existem alguns testes muitos maneiros na indústria automotiva para assegurar a segurança dos automóveis. Alguns deles envolvem espatifar um modelo contra um bloco maciço de concreto, outros envolvem acertá-lo na lateral com alguma coisa muito pesada e um, em específico, é bem menos destrutivo (caso tudo dê certo): é o “teste do Alce”.
Nele, o motorista deve simular a situação em que um animal surge na pista, fazendo um movimento evasivo mais brusco, que visa testar o comportamento dinâmico da carroceria e do conjunto de suspensão do veículo. Em 2007, durante um teste desse tipo, a Toyota Hilux ganhou notoriedade pelo motivo errado: ela quase capotou.
Desde então, 9 anos se passaram e... Bem, a Hilux quase capotou mais uma vez. No teste conduzido pela revista sueca Teknikens Värld, a picape média da Toyota ergueu todo o seu lado direito durante o movimento de mudança de direção feito de forma rápida enquanto a picape trafegava a “meros” 57 km/h e só não capotou porque o habilidoso piloto de testes conseguiu contornar a situação.
O teste foi conduzido com outros seis modelos de picapes, mas apenas a Hilux apresentou este problema. Todos os veículos carregavam cargas próximas do total fornecido pelas montadoras, com o modelo da fabricante nipônica apresentando a maior marca: 1 tonelada.
A revista aponta que as causas foram a combinação de aderência dos pneus com rodas de 18 polegadas, o centro de gravidade alto desse tipo de veículo e a ausência de um controle eletrônico de estabilidade.
Vale apontar que o modelo da Hilux com rodas de 17 polegadas também passou pelo teste e, apesar de ter erguido uma das rodas, foi bem menos crítico do que a versão com rodas maiores – que inclusive teve suas vendas suspensas pela Toyota na Europa.
Um representante da subsidiária sueca da marca emitiu um comunicado oficial que diz que a empresa ficou surpresa com o resultado dos testes da revista e que analisará de forma bem séria a avaliação da revista. “A Hilux foi testada de forma recorrente de acordo com os padrões ISO 3888 para manobras evasivas e passou em todos os testes”, afirma o documento, que ainda conta com uma solicitação de confirmação dos parâmetros usados pela Teknikens Värld.
De um jeito ou de outro, parece que, caso um alce brote da terra e apareça no meio da estrada, a Hilux não parece ser o melhor lugar para se estar (pelo menos por enquanto).
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