Senhoras e senhores, sejam bem-vindos a mais um combate da série Versus, na qual colocamos lado a lado duas tecnologias concorrentes e comparamos seus pontos fortes e fracos. O vencedor não é determinado durante o combate, mas sim pelos comentários dos usuários, que estão livres para argumentar e defender o lutador de sua preferência.
Nesta edição, no canto azul temos a combinação campeã mouse e teclado, que possui o cinturão de campeão quando o assunto é interface de uso. O desafiante é o novato touchscreen, que ocupa cada vez mais espaço e pretende tomar o lugar do campeão que há mais de 30 anos domina os computadores.
Os competidores estão preparados para o soar dos gongos, e os técnicos acabam de dar as últimas instruções e deixar o ringue. Agora cabe à torcida de cada lado incentivar os competidores e definir quem será o vencedor deste confronto que tem tudo para mudar o jeito como lidamos com tecnologia nos próximos anos.
Praticidade e design
Apresentado pela primeira vez há mais de 40 anos, o mouse se mostrou uma verdadeira revolução, permitindo um uso mais prático e inteligente do computador. Em vez de fazer tudo por meio de linhas de comando, o dispositivo permitiu a criação de interfaces gráficas mais confortáveis ao usuário comum (o maior exemplo disso é a criação do Windows).
Como está aí há várias décadas, a combinação mouse e teclado serve como base para todos os softwares disponíveis no mercado, indo desde editores gráficos até jogos. O processo de aprendizado é simples, possibilitando que crianças e adultos utilizem o computador de forma fácil.
Tudo bem, não há nada de errado com o mouse, mas é muito mais confortável navegar por um ambiente em que basta tocar no lugar desejado para realizar uma ação. Além de não ter que ficar dependendo de uma flechinha, as interfaces baseadas no toque permitem maior precisão, mostrando-se a opção ideal para a escrita manual ou durante a realização de desenhos.
De que adianta acessar tudo com um toque dos dedos se não dá para acessar várias funções ao mesmo tempo? Com o mouse e o teclado dá para acessar tudo de forma muito mais rápida, basta configurar corretamente os atalhos utilizados. É claro, isso exige um pouco de uso da memória, mas nada realmente complicado.
De que adianta poder configurar diversos atalhos se o aprendizado é demorado e difícil? Quem cresceu utilizando mouse e teclado pode não ter dificuldades, mas a combinação não é nem um pouco atrativa para quem tem mais idade ou nunca se interessou pelo mundo da informática.
Com o touchscreen, até mesmo sua mãe ou avó que nunca se aproximaram de um computador conseguem ter uma experiência confortável e aprender o funcionamento básico em poucos segundos. E como a maioria do público está mais interessada em fazer uma tarefa por vez de forma bem feita, desaparece a necessidade de atalhos para acessar várias funções simultâneas.
Conforto
Como é uma tecnologia que já está disponível há um bom tempo, é difícil encontrar alguém que tenha crescido em ambiente urbano e nunca tenha de lidar com a combinação mouse e teclado. Seja para trabalhar, como forma de entretenimento caseiro ou até mesmo para fazer saques em agências bancárias, esses dispositivos são quase onipresentes no cotidiano.
Isso sem contar que a experiência com o touchscreen é difícil dependendo do tamanho ocupado pelo aparelho. Caso seja muito pequeno, como em um celular, o usuário deixa de ver o que está acontecendo porque se vê forçado a ocultar partes da tela com o dedo. Já em monitores com grandes dimensões, é muito grande o esforço para percorrer toda sua dimensão com os dedos.
Assim como toda uma geração cresceu acostumada com a combinação mouse e teclado, é questão de tempo até que o touchscreen seja considerado algo comum e a tecnologia anterior pareça coisa de museu. Do mesmo modo que os defensores das velhas máquinas de datilografar tiveram que se adaptar aos editores de texto, os usuários do mouse vão acabar se acostumando com as interfaces dependentes do toque.
Isso sem contar que a combinação de mouse e teclado não está livre de proporcionar desconforto para seus usuários – quantos casos de lesões por esforço repetitivo não acontecem pelo uso diário desses dispositivos? Não é à toa que fabricantes estão colocando interfaces sensíveis ao toque em teclados e mouses com o objetivo de fornecer uma experiência mais confortável e que exige menos esforço físico.
Personalização
Imagine um teclado em que, dependendo da aplicação aberta, alteram-se os botões para facilitar o uso. Em vez de simples teclas, você tem à sua disposição níveis de cores e atalhos para trocar entre as diversas ferramentas em poucos segundos. Da mesma forma, em um jogo aparecem somente os botões utilizados, evitando confusões com teclas desnecessárias.
É esse tipo de revolução que o touchscreen proporciona – menus sensíveis ao contexto apresentado na tela, sem nenhuma espécie de limitação física devido a uma quantidade pré-determinada de botões. Clique neste link para conferir um artigo que fala mais sobre a tecnologia aplicada em teclados.
Embora não seja possível encontrar tanta versatilidade em um dispositivo só, há diversos mouses e teclados feitos especialmente para jogos eletrônicos, design gráfico e outras atividades diversas. É claro, geralmente o preço cobrado é maior do que por um dispositivo comum, mas a qualidade encontrada compensa.
O que se destaca nessa área sem dúvida são os mouses, que contam com opções com botões laterais com atalhos configuráveis e diversas opções de design que se encaixam perfeitamente nos mais variados tamanhos de mão. Tudo bem que não tem toda a versatilidade de uma interface touch totalmente reconfigurável, mas é mais do que o suficiente para uma experiência confortável.
Limpeza
Qualquer dispositivo baseado em toque, independente da tecnologia que use, em poucos minutos de uso está cheio de marcas de digitais e totalmente engordurado. Como a maioria das pessoas não se importa em lavar as mãos antes de usar os aparelhos, em poucos instantes a tela fica uma sujeira total.
Assim, quem tem um dispositivo baseado no toque é obrigado a comprar uma capa de proteção e andar constantemente com produtos de limpeza. A não ser, é claro, que seja do tipo que não se importa em não conseguir ver nada na tela além de digitais e riscos provocados pelo uso indevido.
Faça a seguinte experiência: vire o teclado de ponta-cabeça e o sacuda durante alguns minutos e veja a quantidade de sujeira que surge. Mesmo lavando a mão após cada atividade e evitando realizar refeições em frente ao computador, o design de um teclado é bastante convidativo para que poeira se aloje entre as teclas.
Com o mouse, acontece a mesma coisa – e o pior, muitos aparelhos, se abertos para limpeza, são difíceis de montar novamente. Assim, muitas vezes a única solução realmente higiênica é jogar fora o dispositivo sujo e comprar um novo, o que não é nada atrativo, mesmo que se tenha pagado pouco dinheiro para adquirir o mouse.
A decisão do usuário
Como é costume na série Versus, quem define o vencedor do conflito não é o Baixaki, mas sim a opinião de cada usuário. Você acredita que o mouse e o teclado continuarão sendo a forma dominante de interagir com sistemas operacionais ou está no lado dos que acreditam que as interfaces por toque são melhores e chegaram para mudar a forma como lidamos com a tecnologia?
Categorias