Captura de movimento e telas sensíveis ao toque estão em voga no mundo moderno. Não é à toa que consoles como o Wii e aparelhos como o iPhone e o iPod são o sonho de consumo de muita gente.
Entretanto, qual seria a combinação ideal entre as duas tecnologias? Que tal um aparelho com tecnologia capaz de acessar o conteúdo do celular sem necessariamente “tocar” na tela?
Pelo ar
Estudiosos da Universidade de Tóquio trouxeram o protótipo de uma nova tecnologia com interface baseada na visualização por câmera de movimentos, que são “traduzidas” para comandos para o celular.
Chamada até o momento de “Vision-based input interface” (Interface de recepção baseada em imagem, em tradução livre), o dispositivo tem como objetivo principal suprir a falta de espaço para acessar as funções na tela touchscreen, fato que pode ser problemático em um dispositivo diminuto como o celular.
Por meio dessa tecnologia, a área de atuação do dedo se espalha por toda a tela, proporcionando mais espaço e, portanto, mais opções na hora de movimentar o cursor na tela. Além disso, as marcas de dedo que ficam em telas sensíveis ao toque não são mais uma preocupação, uma vez que todos os comandos são a distância.
Como funciona
Para isso, a interface baseada em combinações algorítmicas observa a movimentação 3D da ponta dos dedos de uma pessoa com apenas uma câmera. Ela lê os movimentos criados por cada um dos dedos e codifica as informações no cursor através da captura (em taxas elevadas) de imagens quadro a quadro – as chamadas frames.
Essas imagens binarizadas são usadas como uma estimativa precisa da postura e do movimento dos dedos naquele espaço de tela. O movimento de clicar em alguma coisa, por exemplo, é definido por uma movimentação mais rápida do dedo em direção à tela, assim como o mesmo movimento também acessa virtualmente cada letra do teclado virtual.
No vídeo liberado pela Universidade de Tóquio vemos o dispositivo em uso não apenas para teclar virtualmente, mas também na rolagem e na ampliação de imagens na tela do celular. Além disso, é possível criar imagens em três dimensões, que são desenhadas de acordo com a posição 3D do próprio dedo.
Inovação
Este tipo de tecnologia tem se mostrado como uma tendência moderna e, assim como as telas sensíveis ao toque, possui ótimas chances de dar certo. O Massachusetts Institute of Technology também já aderiu a esse tipo de pesquisa e mostra resultados interessantes na BiDi Screen. O próprio Project Natal da Microsoft também aposta em interação a distância com o dispositivo para uma melhor interatividade.
O que realmente chama a atenção é que o dispositivo está sendo criado especificamente para celulares. Tendo em vista que o processamento desses aparelhos ainda não pode ser comparado àqueles de computadores com touchscreen, é interessante imaginar que, com apenas uma câmera, a interface dê conta do trabalho.
Entretanto, falamos aqui apenas de um protótipo. É preciso aguardar para que se veja o aparelho que capta movimentos a distância disponível para compra e venda e tudo do que ele é capaz.
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