A propaganda do futuro

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Televisão, rádio, mídia impressa, outdoors e internet. Diariamente somos bombardeados com um verdadeiro arsenal de mensagens publicitárias nos mais variados meios e de diversas espécies. Com raras exceções, quase sempre esse caminho é uma via de mão única, com os as empresas enviado suas mensagens e os consumidores assimilando a informação.

Porém nos últimos anos, e principalmente graças à internet, a situação mudou um pouco de figura, permitindo aos usuários mais possibilidades de interação e personalização da mensagem que recebem. O advento da TV digital também deve colaborar para tornar esse cenário mais realista.

Em tempos de mobile marketing – uma forma de comunicação que visa dialogar com o consumidor, permitindo a ele interagir com a mensagem das mais variadas formas – a bola da vez do mercado publicitário parecem ser os displays interativos.

Visual de um display. Foto: Displax / Divulgação.

Displays interativos: o que são?

Se você acompanhou os lançamentos da CES 2010 ou mesmo está sempre ligado nas novidades tecnológicas no portal Baixaki, já deve ter percebido que as telas no estilo touch são uma das principais tendências do momento, estando presentes em celulares, tablets e até mesmo controles remoto dos aparelhos de TV.

Os displays interativos podem se apresentar de diversas formas, utilizando-se de diversas tecnologias, mas a ideia mais comum é a seguinte: tornar qualquer superfície touchscreen e, com isso, permitir ao consumidor interação total com a propaganda. Parece impossível? Nem tanto.

Chamadas Películas Interativas Touchscreen, em geral elas são aplicadas sobre monitores ou TVs de LCD, LED e plasma. Sua precisão faz com que não seja necessário ao usuário fazer força, bastando apenas deslizar os dedos sobre a superfície para interagir com o dispositivo. As telas desse formato podem variar de 30 a 100 polegadas.

Intel Infoscape - Produto similar que chamou atenção na CES 2010

Já os sensores óticos são utilizados para aquelas de grandes formatos – entre 71 e 110 polegadas – e reconhecem o toque na tela a partir de dois sensores instalados em diagonal, nos cantos da tela. Outra possibilidade é a aplicação das películas interativas no chão. Assim, ao pisar sobre ele o usuário interage com o aplicativo, sendo possível deixar no piso as logomarcas dos patrocinadores ou outros detalhes que o cliente julgar conveniente.

Brasil sai na frente

Embora novidades tecnológicas costumem demorar um pouco para chegar em terras brasileiras, definitivamente este não é o caso quando falamos do mercado publicitário. A propaganda brasileira é internacionalmente reconhecida como uma das melhores do planeta. Ela também ganha seguidos prêmios nos principais festivais do setor.

No Brasil, o display interativo já está disponível e, embora sua aplicação ainda seja tímida, há infraestrutura e empresas especializadas em comercializá-la. Uma delas é Intuitto, empresa do grupo Projetta.

As ações realizadas até agora ficaram restritas a feiras de tecnologia ou eventos de grande porte. A novidade, é claro, chama atenção do usuário por ser algo pouco visto por enquanto, independente da mensagem que transmita. Porém, inegável as possibilidades de comunicação que os displays interativos abrem.

Visual de um dos displays. Foto: Displax / Divulgação.

Uma propaganda para cada um

Embora permitam já uma certa de dose de interatividade com o consumidor, as possibilidades que displays interativos abrem no mercado são muitas. A personalização da propaganda para cada consumidor é uma delas.

A exemplo do que acontece em alguns sites de vendas online, nos quais em sua conta o usuário tem acesso a páginas personalizadas, compras com um único clique e mesmo ofertas que vão ao encontro de seu perfil como consumidor, imagine poder interagir dessa forma dentro de um shopping center ou mesmo na rua?

No futuro será possível, por exemplo, ver a propaganda de um determinado produto, clicar sobre a imagem dele para obter mais informações e, caso seja do seu interesse, comprá-lo online utilizando seus dados pessoais e receber a mercadoria em sua casa.

Essa última hipótese, é bem verdade, está ainda um pouco distante, mas não deixa de ser uma das possibilidades de interação com o consumidor. Se para o usuário isso representa mais uma possibilidade de compras e, por que não dizer, de informação, para as lojas e empresas os displays interativos acabam por se converter em mais um canal de vendas.

O que você achou dessa nova possibilidade de propaganda? Acredita que os displays interativos vão se tornar populares no mercado publicitário? Participe deixando a sua opinião nos comentários.

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