Como será a revista do futuro?

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As revistas são um meio de comunicação formidável, pelo fato de serem segmentadas por assuntos diferentes. Ou seja, há aquelas específicas para cada interesse. Revistas que abordam curiosidades, economia, informática, fofocas de celebridades, jardinagem, decoração são apenas alguns exemplos de como elas se diversificam.

Além dos interesses, elas se diferenciam de outros meios impressos por terem um estilo muito diferente de apresentar artigos e notícias, já que são mais diretas e específicas. Elas também têm seu jeito especial de ilustrar as matérias através de belas imagens e fotografias, que dão uma ideia melhor do que está sendo falado.

Todas essas características tornam as revistas um meio de comunicação único. E, por isso, estão aí até hoje. Elas ainda são buscadas pelas pessoas pela sua leitura prática e casual. Mas, com a evolução da informação, a praticidade que trazem os e-Readers e o surgimento dos eletrônicos, o que pode acontecer com elas?
A internet em relação à informação

Leitores onlineA nova geração, mais acostumada com a internet, está mais à procura de adquirir informações de vários locais diferentes de maneira dividida (ou seja, pega um pouco de cada lugar).

Ao comprar um produto, por exemplo, muitos usuários acabam pesquisando mais no Orkut e em blogs do que em revistas, livros e outros meios de informação — e ainda dão mais atenção ao que foi encontrado na internet.

Os Readers de RSS também têm essa característica de informações fragmentadas, pois o usuário vai atrás do que quer ler e pula o que não o interessa. Nestes leitores, você pode assinar (e baixar) tudo que for compatível com o RSS: sejam sites de tecnologia, blogs ou jornais online, por exemplo. Assim, quando você quer ler um assunto de seu interesse, basta ir até o Reader e procurar por site ou palavra-chave.

Essa facilidade para centralizar as informações mudou bastante a maneira de ficarmos “antenados” no que acontece. Entretanto, há um fato bastante citado: o excesso de informação. É lógico que, ao assinarmos as atualizações de uma variedade enorme de sites, acabamos por nos perder, pois não é possível ficar por dentro de tudo.

A solução acaba sendo ler um pouco de cada site. Assim, o resultado é saber pouco sobre muita coisa, já que pegamos apenas os trechos, e não os assuntos aprofundados de cada novidade que aparece no Reader. Em resumo: a concentração é menor quando estamos na frente do computador porque queremos fazer muitas coisas ao mesmo tempo.

Os e-Readers: Kindle

O Kindle International.Os e-books não são novidade alguma hoje, mas a Amazon soube aproveitar isso muito bem ao lançar o Kindle. Para quem não conhece, trata-se de um aparelho com altura e largura próximas das medidas de um livro, mas com conexão wireless, 3G e possibilidade de baixar e-books e jornais.

A tela não é enorme, mas é o suficiente para ler com conforto um livro, sem que os seus olhos sofram com isso. O aparelho tem sido um verdadeiro campeão de vendas nos Estados Unidos e agrada aos clientes, que já podem fazer o download de mais de 350 mil títulos.

O fato de baixar jornais torna o portátil muito útil também. Porém, há muitas limitações no Brasil, incluindo o conteúdo que pode ser adquirido para o aparelho. (Você pode encontrar mais informações sobre o Kindle na análise feita pelo Baixaki — clique aqui.)

iSlate: o tablet da Apple

Se o iPhone com a sua praticidade e várias possibilidades encanta uma quantidade enorme de pessoas por todo o mundo, imagine um em tamanho ainda maior? O novo tablet da Apple, ainda não anunciado oficialmente, promete justamente isso. Nem o nome foi revelado oficialmente, mas um domínio chamado iSlate.com foi registrado pela empresa da maçã ainda em 2007.

Sendo totalmente touchscreen, o novo portátil traz o sistema operacional da Apple, o Mac OSX, e permite usabilidade prática e interatividade de uma maneira praticamente nova. É possível dizer que o iSlate lembra muito o TouchSmart da HP, porém com o design impecável da maçã. Ler livros, notícias e revistas eletrônicas no portátil seria uma experiência excelente.

Um protótipo de revista do futuro: Mag+

Um grupo sueco de mídia chamado Bonnier elaborou até um conceito em vídeo de como imaginam que as revistas devam ser no futuro, chamando o protótipo de Mag+. É um aparelho muito semelhante ao Kindle (inclusive em tamanho), mas com uma tela grande e sem nenhum botão.

O grupo acredita que é importante ter contato físico com o que se está lendo, como ocorre com as revistas de verdade. Assim, você pode abrir artigos em seu aparelho e ler com conforto.

Protótipo do Mag+

Fonte: Grupo Bonnier

A interatividade se dá através de navegações muito semelhantes às do iPhone, puxando as páginas para o lado.  Se você quiser ver uma imagem maior, basta puxá-la para a frente ou virar o aparelho.

Tudo no aparelho funciona com links interativos, de maneira que é possível compartilhar conteúdos através do email ou em redes sociais. Também é possível copiar trechos e fazer buscas. Confira o vídeo na íntegra a seguir:

Quando as revistas se enquadrarão ao formato?

As revistas deverão se enquadrar no formato
Fonte: Grupo Bonnier

Se juntássemos todas as ideias de leitura de conteúdo digital, é provável que acabemos por chegar ao Mag+: uma mistura do prometido tablet da Apple com uma evolução do Kindle.

De fato seria uma maneira totalmente nova de ler revistas, mas não é possível dizer que isso vai substituí-las, a exemplo do jornal impresso, que continua em circulação, por mais que haja notícias “de graça” na internet.

A maior diferença é que no computador você procura as informações, vai atrás do que é de seu interesse. E, nas revistas, o conteúdo é que chega até você, sendo que pode ser bem variado. Ou seja, por mais que seja um assunto de seu interesse, há diversificação e profundidade exploradas de uma maneira diferente nas revistas.

A revista eletrônica realmente pode funcionar. Não é uma tecnologia muito distante, já que as assinaturas podem funcionar da mesma forma. Pagaria-se uma taxa mensal e você receberia o conteúdo através do seu aparelho. As editoras só precisariam adaptar o material a ele, e a única condição seria que o conteúdo continuasse parecendo com o de uma revista “tátil”.

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