Pesquisadores da Carnegie Mellon University desenvolveram um novo sistema capaz de revolucionar a maneira como usamos telas sensíveis ao toque. A partir de um microfone acoplado ao display de dispositivos como tablets ou smartphones, a tecnologia sabe qual parte da mão do usuário foi responsável por interagir com os elementos mostrados.
Com isso, é possível desenvolver funcionalidades que se ajustem à maneira como o usuário toca a tela. Usar a ponta do dedo, por exemplo, pode servir para movimentar ícones e selecionar aplicativos. Já um toque com a parte exterior dos punhos pode servir como um meio de acessar rapidamente o menu de configurações do dispositivo.
A tecnologia, batizada com o nome TapSense, foi desenvolvida pelos estudantes de pós-doutorado Chris Harrison e Julia Schwartz, supervisionados pelo professor Scott Hudson, do Instituto de Interação Humano-Computador da universidade.
Harrison afirma que a nova tecnologia vai ser especialmente útil para dispositivos que possuem telas com dimensões menores. Ao ampliar o número de opções disponíveis somente através do toque, a novidade permite a criação de aparelhos com uma menor quantidade de botões físicos. Dessa forma, é possível abrir mais espaço para a exibição de conteúdo ou para a ampliação dos botões que são realmente necessários.
Alto grau de precisão
Além dos diferentes toques humanos, a tecnologia é capaz de distinguir quando objetos feitos a partir de materiais como madeira, acrílico ou poliestireno tocam a superfície. Isso abre a possibilidade de se criar canetas interativas que respondem a diferentes usuários, exibindo o conteúdo criado por cada um com um visual ou cor diferente.
(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)
Segundo os pesquisadores, a tecnologia possui 95% de precisão na hora de distinguir diferentes partes da mão de uma pessoa, valor que passa a 99% quando é preciso diferenciar o toque de um ser humano daquele feito por um objeto. Para implementar a novidade, será preciso o desenvolvimento de dispositivos com um microfone adicional, já que os disponíveis em smartphones atuais são otimizados para capturar vozes e não as diferenças sutis entre os toques de diferentes partes de um dedo.
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