Você conhece alguém que realmente lê os termos e condições de serviços na hora do cadastro em alguma plataforma online ou algo do tipo? Sabendo que essa “preguiça generalizada” acontece também na Noruega quando as pessoas se cadastram no Tinder, as autoridades do país nórdico resolveram convencer o app a seguir as suas regras de consumo. Em essência, se o app quisesse continuar lucrando por lá, ele teria que oferecer aos usuários daquele país somente termos e condições que se encaixam na legislação local.
A plataforma poderia manter aqueles dados em sua base indefinidamente e fazer o que ela quisesse com isso
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O maior problema das autoridades norueguesas com o Tinder era o fato de os termos de serviço do app forçarem os usuários a concordar com itens polêmicos, para dizer no mínimo. Por exemplo, o texto afirmava que a rede social era dona absoluta dos dados de navegação dos usuários. Portanto, se você dava “x” ou “coração” para alguém, a plataforma poderia manter aqueles dados em sua base indefinidamente e fazer o que ela quisesse com isso, talvez até vender essas informações atreladas ao seu nome.
Entre outros problemas, o Tinder concordou em alterar as suas regras para os noruegueses, mas também acabou aplicando muitas das mudanças para todos globalmente. Em suma, o app de namoro vai mexer nos termos para:
- Oferecer condições legais norueguesas para os usuários da Noruega
- Facilitar o entendimento do texto para qualquer usuário
- Mostrar um pequeno resumo com as regras mais importantes dos termos antes de apresentar o botão de concordar
- Implementar regras da Noruega e da União Europeia de proteção ao consumidor
- Possibilitar a exclusão total dos itens e dados gerados por usuários assim que eles deletarem suas contas no Tinder
A plataforma ainda disse ao Engadget, através do seu gerente de marketing, que tenta se adaptar às regras de todos os mercados onde atua. “Como uma plataforma global, nós trabalhamos para aderir às leis e regulamentações de cada um de nossos mercados enquanto nos esforçamos para oferecer a melhor experiência possível ao usuário”, disse o representante da empresa.
As autoridades do país nórdico devem agora ir atrás de redes sociais maiores, como Facebook, Twitter e Google+ para tentar fazer o mesmo.
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