Já se tornou local comum abrir uma revista e encontrar matérias e até mesmos anúncios publicitários que exibem links para informações complementares que podem ser acessadas pela internet. Dessa forma é possível ampliar o alcance de uma informação, fornecendo arquivos multimídia que não encontram espaço no meio impresso.
Apesar de ser uma solução inteligente, alguns aspectos tornam a experiência pouco cômoda: nem sempre somos capazes de lembrar o endereço exibido, além de não ser muito prático ficar digitando uma URL diferente para cada matéria ou promoção.
Pensando nesse inconveniente a Microsoft desenvolveu a Tag, uma nova tecnologia de código de barras que permite acessar conteúdos extras através de qualquer celular moderno, até mesmo na linha iPhone da Apple.
Basta instalar um software especial e em seguida tirar uma foto de um código de barras compatível para acessar conteúdos como matérias online, vídeos ou descontos exclusivos na compra de produtos.
Conteúdo exclusivo na tela do celular
A ideia por trás da Microsoft Tag não é exatamente nova, pois reaproveita o conceito utilizado em produtos como o CueCat da DigitalConvergence, um leitor de código de barras que possuía a mesma proposta. Porém, a tecnologia da Microsoft corrige o principal ponto que fez com que o dispositivo da DigitalConvergence falhasse.
Enquanto o CueCat exigia que o consumidor pagasse um valor próprio para obter um aparelho que não servia para nada mais do que ler códigos de barra, para utilizar o Microsoft Tag só é preciso possuir um celular compatível e baixar um software de leitura de forma totalmente grátis.
A Tag funciona de forma semelhante a um código de barras tradicional, com a diferença que não precisa necessariamente de um meio impresso para funcionar. Ou seja, além de poder estar presente em revistas, folhetos publicitários e até mesmo outdoors, é possível integrar a tecnologia a sites de internet e até mesmo vídeos.
Esse aspecto torna a Tag muito versátil e permite a inclusão de conteúdo adicional que pode ser acessado de forma muito fácil. Por exemplo: durante a exibição de um programa de televisão ou filme, é possível exibir no canto da tela uma pequena etiqueta que, se fotografada, pode dar acesso a conteúdos como papéis de parede ou direito a participar de promoções.
Segundo os desenvolvedores, o objetivo da Tag é trazer a experiência do hiperlink para a vida real, sem que limites físicos ou de suporte atrapalhem a maneira como obtemos informações. Com isso, torna-se muito mais prático conseguir novas informações e integrar conteúdos multimídia com formas de publicação tradicionais.
Outro diferencial da Tag é que se trata de uma tecnologia totalmente gratuita, mesmo tendo sido desenvolvida por uma companhia conhecida por defender de forma determinada suas propriedades intelectuais.
Qualquer um pode utilizar de forma totalmente livre a Tag, o que permite colocar etiquetes em blogs, sites pessoais e até mesmo cartões de negócio. Para isso, basta fazer um cadastro no site oficial do produto e baixar alguns arquivos que podem ser abertos em qualquer editor de imagens simples.
Mesmo se tratando de uma tecnologia nova, diversas publicações dos Estados Unidos já começaram a utilizar a Tag como forma de distribuir conteúdo extra para os leitores. A revista Golf Digest, por exemplo, utiliza as etiquetas para oferecer ao usuário vídeos do You Tube com informações complementares aos textos publicados.
A opção por tornar a tecnologia gratuita faz com que a Microsoft perca o controle sobre a forma com que ela é utilizada, embora os desenvolvedores saibam que já é possível encontrar a Tag em locais como estações de metrô ou anúncios em páginas amarelas.
Embora o modelo de negócio da companhia ainda seja difícil de compreender, é possível que no futuro seja cobrada uma taxa caso o usuário queria disponibilizar conteúdos especiais através das etiquetas.
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