Uma coisa era certa há algumas décadas, quando os televisores encantavam as pessoas com imagens em movimento que pareciam magia: no futuro não só as pessoas teriam grandes aparelhos, mas também os teriam em grande quantidade.
Talvez ninguém imaginasse que seria, de fato, possível carregar uma televisão com qualidade no bolso e de maneira tão prática. Atualmente é fácil encontrar celulares e TVs portáteis que capturam sinal digital com um preço bastante acessível.
A chegada da TV digital no Brasil
A primeira transmissão de televisão digital em nosso país ocorreu no final do ano de 2007, em São Paulo. Em 2008, foi se estendendo e atingiu mais 11 estados do país. Esse número aumentou bastante em 2009 e os planos são de que o sinal atinja o país todo até 2013, pois ainda não são todos os que têm o sinal digital disponíveis em suas cidades.
Uma das maiores vantagens da transmissão digital é que o sinal da transmissão é perfeito, não há meio termo. Isso acaba com os chamados "fantasmas", interrupções e som cheio de ruídos. Também há uma promessa de interatividade, que até agora só está presente na forma de projetos: não há nada concreto.
O maior problema é que a televisão digital também tem padrões que variam de países para países. Ou seja, nem sempre os aparelhos de televisão que se dizem compatíveis com sinal digital funcionam no Brasil. Dessa forma, é necessário buscar aparelhos e adaptadores que são de fato compatíveis com o sinal brasileiro. E, geralmente, eles informam isso através do site do fabricante, embalagem do produto e/ou vendedores.
Como a televisão portátil é encontrada
As operadoras de celulares já contam há algum tempo com serviços de transmissão de conteúdo em vídeo (streaming). Só que esse conteúdo não pode ser considerado o mesmo encontrado em televisões, já que é específico demais e é o usuário quem escolhe ao que quer assistir.
Além disso, esse conteúdo geralmente é feito propriamente para celular. Dessa forma, dizer que o streaming de vídeo em celulares é televisão seria como dizer que o YouTube também é.
Mas, nos últimos anos isso vem mudando bastante. Talvez os maiores precursores tenham sido os MP7 (aparelhos celulares que dispõem de sintonizadores de televisão). Alguns deles, na verdade, usam sinal analógico — e não o digital. Enfim, o fato de poder transportar a televisão no bolso acabou atraindo alguns consumidores que adoraram a ideia.
Assim, o serviço de transmitir clipes de vídeo pelo celular com a falsa ilusão de que é equivalente a assistir à televisão não colou mais para os consumidores, que agora queriam ver seus programas favoritos diretamente de um aparelho portátil. De olho nisso, grandes fabricantes perceberam o mercado favorável e lançaram celulares com suporte à televisão, como a Samsung com o seu modelo StarTV e a LG com o Scarlet Phone.
Alguns fabricantes também pensaram naqueles que nem usam celular ou que simplesmente querem somente uma televisão. Foi o caso da AOC, que lançou uma televisão bastante portátil (do tamanho de um iPhone) e que captura o sinal digital — confira a análise do aparelho feita no Baixaki, clique aqui.
Nem os notebooks escaparam, de maneira que adaptadores USB são vendidos para que você possa captar o sinal digital para ver a programação favorita em seu computador. Ou seja, a televisão definitivamente deixou de ser um aparelho a que você só assiste em seu sofá, pois já não faltam alternativas.
Legal, mas por que usar uma televisão portátil?
Por exemplo: imagine só ter um passatempo para uma longa viagem, a fila do banco ou aguardando qualquer coisa. Com certeza uma televisão para você se entreter e fazer o tempo passar mais rápido não é uma má ideia.
Também há os mais aficionados pela televisão (o que, na verdade, é um fato compravado do brasileiro). Perder um capítulo da novela porque o metrô demorou, por exemplo, deixa de ser um problema. Acompanhar o futebol (e outros esportes), ver seu programa favorito. Enfim, tudo que uma televisão real pode proporcionar passa a ficar em seu bolso, disponível para quando você quiser.
A qualidade de imagem, caso o sinal seja digital, é perfeita. O transporte também não é um problema, pois as televisões portáteis e os celulares podem ser colocados no bolso. Talvez o maior problema seja a bateria: os aparelhos funcionam por três ou quatro horas, enquanto os celulares podem ter a duração ainda mais reduzida. Mas, definitivamente, carregar uma das maiores maneiras de entretenimento no bolso não é nada mal.
Conclusão: o que o futuro reserva?
Bem, para quem gosta de assistir à televisão, essa portabilidade é um prato cheio. Conforme as tecnologias evoluem, o preço cai cada vez mais. Vale lembrar também que é um mercado em crescimento, porque não são todas as cidades que contam com o sinal digital (o "combustível" das televisões portáteis que estão sendo lançadas).