Se você anda meio descontente com a sua operadora e achando que está gastando demais com ela, é melhor se sentar para ler esta notícia: as prestadoras de serviço de telefonia móvel estão pensando em implementar um novo tipo de cobrança de internet via celular que pretende cortar o acesso de quem atingir a franquia contratada. Com a adoção dessa medida, a chamada “velocidade reduzida” deixará de existir para todos.
Essa novidade passará a funcionar a partir de novembro para a operadora Vivo, maior empresa do segmento no país, com mais de 79 milhões de clientes. A companhia apresentará esse formato, primeiramente, para aqueles que tiverem celulares pré-pagos. O serviço, futuramente, será estendido para as pessoas de planos pós-pagos.
Como vai funcionar essa brincadeira?
Ainda é um pouco incerto como todo esse processo funcionará, mas a própria Vivo dá-nos um exemplo: atualmente, um dos pacotes mais usados na modalidade pré-paga custa R$ 6,90 por semana e garante 75 MB para uso durante o mesmo período (valores vigentes para o estado de São Paulo).
Quando ultrapassam o limite da franquia, os clientes usufruem de velocidades até 10 vezes menores do que o contratado. A partir de novembro, aqueles que excederem a cota e ainda quiserem continuar a navegar e utilizar a internet precisarão comprar mais 50 MB por R$ 2,99 para usar pelos próximos sete dias.
E quem vai entrar na brincadeira?
Aparentemente, todas as operadoras do nosso país pretendem adotar esse formato de cobrança. A Oi e a TIM já confirmaram que vão estudar essa proposta e, embora a Claro não tenha se manifestado, é muito provável que ela também vá na onda das adversárias.
Apesar de parecer um tanto estranho para nós, esse sistema de cobrança é o que atualmente funciona em países da Europa e nos Estados Unidos. No país norte-americano, por exemplo, um pacote de 2 GB com a operadora Verizon custa US$ 60 (aproximadamente R$ 150). Quando o cliente consome metade desses dados, ele recebe uma recomendação para contratar 1 GB a mais no valor de US$ 15 (algo em torno de R$ 36).
Motivações?
A chamada “velocidade reduzida” já foi oferecida nos Estados Unidos, mas foi mal recebida pelos clientes que reclamaram da baixa qualidade da conexão. As operadoras nacionais pretendem acabar exatamente com esse estigma também adquirido pelo serviço após exceder o pacote contratado.
A intenção, portanto, é oferecer uma experiência mais fiel em relação à internet que foi contratada pelos consumidores e evitar que uma navegação “capenga” atrapalhe os usuários. Segundo especialistas, boa parte das pessoas passam a maior parte do tempo navegando com a “velocidade reduzida”.
Segundo a legislação vigente, os consumidores precisam ser alertados das alterações em seus planos com 30 dias de antecedência. Portanto, se as companhias cumprirem as regras, não deve haver surpresas na hora que todos os dados de seu contrato forem consumidos.
A outra motivação por trás desse formato é, obviamente, o aumento da receita das operadoras. Muitos consumidores, provavelmente, não ficarão muito contentes com esse novo formato de cobrança principalmente se pensarmos que as prestadoras de serviço estarão “ganhando mais”. Porém segundo especialistas, essa é uma tendência mundial e que, infelizmente, não terá volta depois de implementada.
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