Em entrevista à Agência Brasil, Marco Patuano, o presidente mundial da Telecom Itália, afirmou que um negócio para fundir as operações da TIM Brasil e da GVT não seria uma má ideia ou completamente descartável, mas, até o momento, não há qualquer negociação para que isso aconteça.
Tal negócio seria uma saída interessante para a atual situação das duas operadoras. A Telecom Itália é a maior acionista da TIM no Brasil, mas a controladora da operadora brasileira foi praticamente “comprada” pela Telefônica, o mesmo grupo que controla a Vivo no Brasil. Com isso, a Telefônica teria dois grandes negócios no mesmo ramo no país, o que a nossa legislação impede, dada a formação de monopólio.
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A Vivo é a maior operadora móvel nacional e, nos últimos anos, tem sido significativamente mais lucrativa que a TIM, a segunda maior empresa do setor. Por isso, espera-se que a Telecom Itália e a Telefônica vendam a operadora menor para algum concorrente ou empresa do mesmo segmento, mas de menor porte, como a GVT.
Acontece que a GVT tem se encontrado em uma situação não muito confortável desde que foi vendida para o grupo francês Vivendi. Especula-se que a operadora perdeu boa parte do seu poder de investimento e uma fusão com a TIM poderia mudar as coisas.
Difícil evitar a especulação
“Tem muita especulação sobre a possibilidade de um negócio entre TIM e GVT. Acho difícil evitar as especulações. Somos uma companhia bem-sucedida no [ramo de telefonia] móvel, eles são uma companhia de ótimo nível de qualidade no fixo. Então, o feito que tem sinergia é um feito óbvio. Estamos trabalhando sobre o nosso plano de telefonia móvel, tem muito trabalho a fazer e estamos concentrados nisso. Não descartamos nada, porém não é um tema em que estejamos focados neste momento”, disse Patuano à Agência Brasil.
O executivo ainda falou sobre um plano de investimentos de R$ 4 bilhões para melhorar a infraestrutura da TIM no Brasil para 2014, o que faz parte de um compromisso assinado ontem com a presidente Dilma Rousseff em Brasília.
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