Vivo será a única marca do grupo para telefonia fixa e móvel, internet e TV por assinatura. (Fonte da imagem: Reprodução/Telefonica)
Reuters. Por Alberto Alerigi Jr - O grupo Telefônica Brasil anunciou nesta quinta-feira a consolidação de seus serviços no Brasil sob a marca da operadora móvel Vivo, com planos de lançamento de pacotes de produtos convergentes nos próximos meses, acompanhando a tendência dos grupos de telecomunicações que estão unificando telefonia fixa, móvel, banda larga e TV paga.
A companhia, que passou os últimos 18 meses trabalhando na unificação da marca Vivo por seus serviços de telefonia celular, fixa e de TV por assinatura, avança para integrar suas redes, como a operação de banda larga Ajato.
O grupo investiu 120 milhões de reais no processo de centralização da marca, iniciado após a aquisição, em julho de 2010, da participação da Portugal Telecom na Vivo. Um centro de processamento de dados de 400 milhões de reais entra em operação neste mês com infraestruturas de tecnologia da informação das operações fixa e móvel integradas.
A subsidiária da espanhola Telefónica unifica sua marca de serviços no país depois de sua controladora ter elegido os nomes O2 para suas operações na Europa e MoviStar para América Latina e Espanha.
Segundo o presidente do grupo no país, Antonio Carlos Valente, o processo marca um "auge" da companhia no Brasil, que se tornou o maior mercado da Telefónica no mundo, com 90 milhões de conexões e faturamento de mais de 30 bilhões de reais em 2011.
A empresa prevê investir no Brasil 24,3 bilhões de reais entre 2011 e 2014, com parte significativa dos recursos sendo injetada na expansão de sua cobertura de dados móveis pelo país, que deve chegar a cerca de 2.800 cidades do país até o final do trimestre, disse Valente.
A unificação da marca ocorre enquanto os grupos Oi e América Móvil reforçam suas apostas em integração de serviços para fidelização de clientes e em que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se prepara lançar leilão da frequência para telefonia móvel de quarta geração (4G) no país.
4G
Valente afirmou que a Telefônica "não tem como não seguir a tendência de evolução para o 4G" e afirmou que a empresa, atualmente maior operadora móvel do Brasil, pretende manter a liderança também na nova tecnologia. Apesar disso, ele citou como preocupação fatores técnicos como problemas para estabelecer estações rádio-base.
A Anatel busca promover o leilão 4G na faixa de frequência de 2,5 GHz, que apesar de prover maior densidade de transmissão de dados, precisa de mais antenas para funcionar que a faixa de frequência de 700 MHz, atualmente usada nos EUA para a tecnologia, mas que no Brasil é ocupada por empresas de radiodifusão até 2016.
"É difícil fazer uma omelete sem quebrar os ovos", brincou Valente, em referência à dificuldade para o estabelecimento de locais para novas estações e defendendo legislação que facilite a instalação de antenas, atualmente de competência dos municípios.
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