Vivo tenta bater a Nextel no mercado de telefonia via rádio. (Fonte da imagem: Vivo/Reprodução)
Reuters. Por Rodrigo Viga Gaier - A Vivo pretende até o próximo mês ampliar para todo o país um serviço de comunicação via rádio operado atualmente pela Nextel, afirmou o presidente da unidade de mercado individual do grupo Vivo/Telefônica, Paulo Teixeira, nesta segunda-feira.
O serviço, conhecido como Push to Talk (PTT), entrou inicialmente em operação pela Vivo em junho, em Porto Alegre e Curitiba, e foi lançado nesta segunda-feira na cidade do Rio de Janeiro, mercado de forte atuação da Nextel.
A Vivo pretende levar o serviço às demais localidades do país com cobertura da empresa entre e julho e agosto, disse o executivo, acrescentando que a tecnologia vai estar disponível apenas a clientes pós-pagos da operadora.
"Queremos oferecer um plus ao nosso cliente e estamos focando inicialmente em dois segmentos: empresas e jovens, que gostam e precisam falar de forma ilimitada", disse Teixeira. Em referência à Nextel, o executivo comentou que a empresa quer "tirar o concorrente dessa zona de conforto criada ao longo de 10 anos", comentou.
A Vivo tem 63 milhões de clientes no país e atende cerca de 3.600 municípios. Enquanto isso, a Nextel, controlada pela norte-americana NII Holdings, começou a oferecer serviços de push to talk em 1998 no Brasil e atualmente tem uma base de cerca de 3,5 milhões de usuários.
A Vivo, que este ano passou a ser controlada pela Telefónica após a compra da participação da Portugal Telecom, estuda ainda viabilizar no curto prazo serviços de roaming internacional, para que clientes PTT possam falar fora do país. Hoje, a Nextel já tem esse serviço disponível para seus clientes.
"Estamos analisando se vai ser América Latina, do Sul ou Estados Unidos", disse Teixeira sobre o roaming internacional.
A Vivo pretende investir 2,5 bilhões de reais este ano no Brasil, afirma a empresa.
A investida da Vivo no mercado de PTT acontece depois que a Nextel anunciou no final de 2010 que vai investir até 5,5 bilhões de reais no Brasil em cinco anos para ter uma rede nacional de telefonia móvel de terceira geração (3G).
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