Além de revelar novidades sobre sua plataforma inteligente para carros e trazer uma versão simulada do SYNC 3 para que fosse possível testar seus novos recursos, a Ford marcou presença na Campus Party 2016 com atrações para os visitantes mais engajados – e criativos. No estande, ao lado do chamativo Focus Fastback 2016 exposto por lá, os campuseiros podiam participar de um workshop sobre Design Thinking no espaço nomeado de Garage Lab.
Segundo alguns dos tutores da atividade, a ideia é colocar o público na pele da montadora, entender como a empresa desenvolve projetos e propor soluções para os problemas da mobilidade no país. Passando por uma série de estágios e oferecendo todo tipo de ferramentas utilizada pelos entusiastas do movimento maker – como plataformas de prototipagem, módulos eletrônicos e peças de LEGO –, o curso rápido, de aproximadamente 90 minutos, tem como objetivo a superação de desafio através do trabalho em equipe.
Segundo Carolina Loiacono, uma das integrantes do grupo Echos – dono da Escola Design Thinking, em São Paulo, e parceiro da Ford na CPBR9 –, as grandes companhias, em geral, trabalham com fórmulas já estabelecidas e consolidadas no mercado. O problema disso é que, com a adoção de regras e diretrizes tradicionais, a criatividade do time de desenvolvimento e criação pode ficar bastante limitada, fazendo com que boas ideias e empreitadas inovadoras acabem ficando de fora por não se adequarem a esses moldes.
Assim, a proposta do Garage Lab foi utilizar os conceitos do Design Thinking – que estimula a empatia com o contexto do problema – para derrubar qualquer tipo de barreira. O método de abordagem visa basicamente libertar a pessoa de amarras, incitar o pensamento livre e focar, acima de tudo, nas necessidades do usuário final do serviço ou produto. A brincadeira permite que, mesmo que temporariamente, preocupações com lucro e viabilidade sejam deixadas de lado para abrir espaço para verdadeira inovações.
Pensando fora da caixa
Partindo do princípio que, para os visitantes destreinados, repensar a mobilidade urbana levando em consideração a influência trazida pelos automóveis e pela tecnologia não é exatamente a tarefa mais simples do mundo, o workshop realizado múltiplas vezes durante a feira apresentou algumas regrinhas básicas para, bem, fugir das regras convencionais. A ideia é principalmente fazer com que os times formados aleatoriamente na Campus – ou grupos de amigos e colegas de trabalho nos cursos externos – pudessem se soltar.
As diretrizes do brainstorming envolvem frases como “Encoraje as ideias doidas”, “Não critique, nem julgue”, “Quantidade importa, crie o máximo de ideias possíveis” e “Mantenha o foco no assunto proposto” – entre outras iniciativas de boa convivência. Outro fator que contribui muito para enriquecer a experiência é ter participantes com as mais variadas formações e habilidades, já que cada um deles pode oferecer sua própria visão e ajudar no entendimento real do problema em pauta.
Ao longo da uma hora e meia de aula, os campuseiros precisaram usar e abusar de papeis e post-its para dar início aos seus projetos, escrevendo suas propostas e trocando figurinhas com os novos amigos para filtrar as melhores delas. Uma vez que tudo estivesse mais acertado, os monitores auxiliavam na fase de prototipagem, ensinando como usar as peças de brinquedo e os kits de LittleBits para que fosse possível ter em mãos o resultado de todo o debate e planejamento.
No fim, os protótipos mais interessantes ficaram em exibição em bancadas no próprio espaço do Garage Lab para, quem sabe, atrair outros geeks para a oportunidade de resolver alguns dos desafios da mobilidade nas cidades. Qual seria a sua proposta para acabar com o trânsito, melhorar a locomoção dos cidadãos e facilitar o acesso aos principais endereços da sua região, hein?
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Fontes