E se você pudesse adaptar a cor de tudo o que possui – da cor dos móveis e paredes de sua casa às suas roupas e outros objetos – para situações específicas de maneira automática? Um novo tipo de pigmento desenvolvido pela startup francesa Olikrom tem como objetivo permitir exatamente isso, com uma tinta inteligente que muda de cor.
A esse ponto, é provável que muitos estejam falando que essa tecnologia não é nenhuma novidade; afinal, há décadas utilizamos tintas que mudam de cor com a alteração de temperatura. Mas o pigmento da empresa vai muito além disso: ele também muda de acordo com as condições de iluminação e pressão, permitindo que o tom de um objeto se altere nas mais variadas situações.
É interessante apontar que o pigmento pode ser fabricado de maneira a mudar para cores determinadas de acordo com alterações específicas. Segundo Jean-Francois Letard, fundador e CEO da Olikrom, a fórmula da tinta, que pode utilizar componentes orgânicos e inorgânicos, é adaptada de maneira a gerar alterações de tom com base nas necessidades do cliente.
Ok, tudo isso parece muito interessante e promissor. Mas será que esse pigmento realmente funciona? Basta conferir o vídeo abaixo para ver que a resposta é um belo “sim”.
Da moda à segurança
Não é preciso dizer que essa tecnologia está atraindo uma grande porção dos mais diversos mercados: fabricantes de automóveis, têxteis e até eletrodomésticos já estão em busca da tecnologia patenteada da Olikrom. E usos para esse tipo de pigmento não faltam, indo desde painéis de deixam a marca de sua mão temporariamente ao tocar no objeto até uma simples torradeira que muda de tom para avisar que suas torradas estão prontas.
Visto sua enorme versatilidade, uma tecnologia como essas não se limita a alterações estéticas, obviamente, trazendo um enorme potencial para oferecer maior segurança nas mais diversas situações.
Um exemplo disso pode ser visto na aeronáutica: segundo Letard, a empresa está atualmente desenvolvendo uma versão da tinta para aviões, que indique danos de todo o tipo no veículo – digamos, por exemplo, algum estrago sofrido no transporte de uma peça ou por simples desgaste, que normalmente não seria percebido. Com isso, a equipe de manutenção das empresas pode notar com maior facilidade os componentes que precisam de reparos.
Como estamos falando de uma tecnologia que surgiu apenas recentemente, ainda deve demorar um pouco para vermos ela chegar ao mercado. Mas, com tantos usos possíveis, não seria surpresa ver isso se tornando extremamente comum dentro de alguns poucos anos.
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