Pagar uma compra com o cartão é uma tarefa relativamente simples: basta inseri-lo na máquina, digitar a senha, pegar o comprovante e tudo está certo. Se para leigos esse processo parece simples, Tom Canabarro, cofundador da Konduto, startup brasileira especializada em análise de fraude e comportamento de compra na internet, explica como ele acontece.
De acordo com Canabarro, esse é o tipo de transação que faz uma verdadeira volta ao mundo, passando por várias instituições da cadeia de pagamentos antes de voltar para o estabelecimento comercial.
Entendendo os passos
Tudo começa com a maquininha, que, aqui no Brasil, vem de uma empresa (ou adquirente) que paga o lojista (como a Cielo, a Rede, a GetNet/Santander e agora a Elavon). Ela possui um chip 3G ou é ligada à linha telefônica, e é a responsável por remeter o pedido para um servidor central de processamento.
Essas empresas pegam o número do cartão e mandam para a bandeira (as três maiores são Visa, Mastercard e American Express, todas americanas). O trabalho desta é saber a qual banco seu cartão pertence e encaminhar para ele a transação. Todo banco que emite cartões precisa se conectar com uma bandeira, e é assim que a compra é aprovada mesmo quando você está fora do país, onde ninguém ouviu falar do seu banco.
Por fim, o último passo é do banco emissor. Ele é o dono do cartão, que emite o plástico e mantém a relação com o consumidor. O banco recebe a transação da bandeira, vê se aquele cartão ainda é válido e se tem limite de crédito suficiente para aquela compra.
Depois de tudo isso, a transação faz o caminho de volta: banco, bandeira, adquirente, maquininha. Porém, é válido lembrar que esse processo todo não é gratuito, e cada ponto dessa cadeia pega um pedaço da taxa que é cobrada do estabelecimento comercial.
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