Se a vida marinha já está sofrendo há algum tempo com a quantidade de lixo presente no seu habitat natural, a tendência é que, nos próximos anos, a poluição nos oceanos só aumente. Pensando nisso, Boyan Slat, um garoto holandês – e prodígio – de apenas 19 anos conseguiu projetar uma engenhoca capaz de remover uma considerável quantia de lixo dos mares.
O jovem Slat está com uma campanha de financiamento colaborativo que precisa alcançar US$ 2 milhões em 100 dias para que o projeto consiga efetivamente sair do papel – já foram arrecadados quase US$ 600 mil em apenas 12 dias. Falando em papel, o estudo do garoto prodígio conta com 528 páginas que provam que o seu experimento funciona. Você pode visualizar o conteúdo digital no site oficial do projeto.
Vida marinha intacta
O sistema envolve barreiras flutuantes em forma de V, que precisam ser ancoradas no fundo do mar e alocadas no caminho das grandes correntes oceânicas. As barreiras com 30 quilômetros de braços foram projetadas para pegar o lixo a uma profundidade de até três metros.
Isso seria o suficiente para não interferir na vida marinha, tanto na parte de baixo como na superfície da água, já que a engenhoca não necessita de redes – o que significa que nenhum animal ficará preso por lá. De acordo com o relatório divulgado por Slat, a estimativa é de que a engenhoca consiga remover cerca de 65 metros cúbicos de lixo por dia, sendo que todos os resíduos precisariam ser coletados por um navio a cada 45 dias.
O ponto negativo da tecnologia do jovem é que ela não conseguirá coletar partículas de plástico menores que 0,1 milímetros. No entanto, com a diminuição da maior parte do lixo, consequentemente as partículas microscópicas serão reduzidas ao longo do tempo.
O dinheiro para construir a versão piloto já alcançou os 27% e ainda faltam 88 dias para a definição sobre o futuro do projeto. O número de colaboradores já alcançou 12229 até a publicação desta notícia.
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