Doris Kim Sung com uma de suas estruturas (Fonte da imagem: I Am Koream)
Já imaginou morar em um edifício projetado para funcionar como a pele humana? A professora coreana de arquitetura Dori Kim Sung é a autora dessa e de diversas outras ideias espelhadas na natureza, sempre com o objetivo de melhorar a eficiência energética e usual dessas estruturas.
Em seu mais novo trabalho com o uso de bimetais térmicos, Dori mostra a eficiência de “materiais inteligentes” que podem ser empregados em sistemas autogestores para edifícios. No caso da pele humana, Dori diz que o órgão é a primeira linha de defesa do corpo e por isso os edifícios devem ser semelhantes a ele.
Um dos destaques do trabalho da arquiteta é uma função que permite aos prédios reagirem à luz do sol, mudando suas configurações em diferentes momentos do dia a fim de evitar o superaquecimento de sua estrutura.
Ventilação e sombra com base na temperatura
O bimetal térmico é composto por duas camadas finas de metal que se expandem e se contraem em resposta às taxas diferentes de temperatura. A estrutura é capaz de se enrolar conforme a mudança de temperatura e esse fenômeno pode ser explorado para criar um edifício que engenhosamente sombreie-se quando necessário, sem a necessidade de energia externa.
Estimulada por sua formação em biologia, Dori também inspirou-se nos sistemas respiratórios de gafanhotos para criar edifícios que usem bimetais térmicos com o objetivo de “respirar” de forma independente, abrindo e fechando dutos de ventilação dependendo da hora do dia e da posição do sol.
Esses sistemas não necessitam de intervenção humana: mesmo no caso da falta de energia, eles continuam a trabalhar “incansavelmente, de forma eficiente, e eternamente”, diz Dori em sua palestra ao TED.
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