O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está desenvolvendo um sistema que permite a veículos “conversarem” entre si, sem a necessidade de interação com seres humanos. O CUSTD (Collaborative Unmanned Systems Technology Demonstrator) se utiliza de computadores integrados em um sistema avançado de colaboração, sensores de movimento e interfaces padrão para criar um sistema autônomo com capacidades únicas.
A ideia é que, por exemplo, duas aeronaves e um veículo terrestre sejam capazes de executar uma missão completa sem a ajuda de humanos. Em um cenário feito para testes no CUSTD, dois aviões procuram por um alvo em uma área enorme.
Enquanto um deles encontra o que procura, o sistema de rádio mostra as localizações via GPS para o veículo em terra, para que ele encontre o mesmo local e se aproxime, recolhendo dados sobre a situação de uma perspectiva diferente. Isso sem nenhum humano envolvido nas decisões.
Lora Weiss, membro do projeto no Centro de Informação e Análise Militar (SENSIAC), comenta que “esse sistema demonstra não apenas a interoperatividade colaborativa entre veículos dissimilares, mas também mostra inúmeras tecnologias que podem ser incluídas no processamento de dados, desde sensores infravermelhos, câmeras de vídeo e imagem e sinais sofisticados”.
Enquanto essa tecnologia ainda está em desenvolvimento, os mais fatalistas podem pensar que a revolução das máquinas está próxima. Se você já assistiu ao filme “O Exterminador do Futuro – A Salvação” sabe que algo do gênero aparece durante a película, como a perseguição das motos aos membros da Resistência.
Porém, você sabe também que as máquinas do filme puderam ser “enganadas”, permitindo que Connor chegasse à base da Skynet ao norte. Isso traz uma pergunta importante para quem está testando a tecnologia: como fazer para que os veículos não sejam apropriados pelos inimigos, seja por falha de segurança ou mesmo falta de combustível? Ou seja, ainda existem alguns problemas a se resolver antes que o CUSTD chegue ao front.
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