O desenvolvimento de tecnologias militares no mundo sofre um problema constante. Por um lado, o desenvolvimento de armas e veículos pede um investimento incrivelmente alto de recursos. Por outro, o processo de desenvolvimento costuma ser tão longo que, quando chegam às mãos dos soldados, esses equipamentos normalmente já se tornaram obsoletos. A DARPA, no entanto, anunciou um novo projeto que vem para ser exatamente o oposto.
Sua ideia, segundo as informações oficiais do órgão, é o desenvolvimento de um sistema que vai, em resumo, interconectar todos os sistemas de seus veículos e armas – o que inclui aeronaves, drones, mísseis e outros – para otimizar o trabalho conjunto desses aparelhos. Assim é possível, por exemplo, que diferentes veículos interajam com dispositivos não-tripulados, conseguindo informações valiosas do campo de batalha.
A diferença de um trabalho organizado
E como isso funcionaria, na prática? Em resposta, basta conferir o vídeo logo abaixo, que mostra o cenário de uma missão de ataque a um campo armado de radares e mísseis antiaéreos. O ataque é composto de apenas dois veículos: um caça de escolta e um avião militar de carga, devidamente carregado com uma enorme quantidade de mísseis de baixo custo e unidades de voo não-tripuladas.
Como você pode ver, o método de ataque é consideravelmente simples. Aproximando-se do território protegido pelo radar, um conjunto de drones é lançado para dentro do campo de alerta; assim que disparam o radar, esses dispositivos iniciam um processo de interferência de sinal, ao mesmo tempo em que, em conjunto do caça de escolta, triangulam a posição do dispositivo de detecção.
Feito isso, tudo o que o piloto precisa fazer é determinar o alvo do ataque, fazendo com que os mísseis do veículo de carga sejam lançados. As defesas do inimigo certamente vão destruir parte do armamento, mas os que restarem são suficientes para cumprir o objetivo – e tudo isso com um esforço mínimo por parte do piloto.
Muito estrago a um baixo custo
O sistema em si já impressiona pela eficiência, mas se torna ainda melhor, analisando a eficiência do desenvolvimento do projeto. Todo o processo utiliza uma tecnologia que existe em boa parte nos veículos atuais, e poderia ser inserido na forma de um software de sistema aberto. Junte a isso a capacidade de adaptar essa tecnologia de maneira modular e o potencial é enorme, mas ainda muito mais barato do que tecnologias militares costumam ser.
Por fim, é importante avisar que este é apenas um projeto em desenvolvimento, e ainda não tem previsão de chegar a uma versão operacional. Mas a DARPA já está trabalhando em conjunto com gigantes como Boeing e Lockheed Martin para tornar a tecnologia realidade.
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