A Guerra Fria acabou há décadas, com o desmembramento da União Soviética em diversos países menores. A Rússia – a pátria mais desenvolvida do antigo regime comunista – assinou alguns acordos com os Estados Unidos no final dos anos 90 para regularizar e diminuir o número de armas nucleares em ambos países. No entanto, há exceções e ambos os países ainda investem pesado na tecnologia bélica.
Não é a primeira vez que a Rússia aposta em lançamento de mísseis a partir de bases móveis. Em 2007, o país destruiu todos os antigos trens e ogivas utilizados nos anos 80 por falta de uso e para selar o acordo de diminuição de armas nucleares. Porém, para responder ao projeto americano PGS – Prompt Global Strike, um sistema de ogivas supersônicas –, a Rússia está revitalizando o projeto de armas nucleares em locomotivas.
Tchu-tchu! Cuidado com o trem
O grande propósito em se investir pesado no lançamento de ogivas nucleares em trens é o de se beneficiar da extensa linha férrea espalhada por todo o país. O trem é disfarçado como um veículo civil para não levantar suspeitas, e a mobilidade dificulta muito a sabotagem ou qualquer eventual problema.
Além do belo disfarce, a locomotiva contará com novas tecnologias para o eventual lançamento de ogivas. Pesando menos da metade do projeto original, destruído em 2007, os mísseis têm 47 toneladas e são muitas vezes mais rápidos e precisos que os antigos, com margem de erro de apenas alguns metros.
Tecnologia de ponta gera custos elevados
A tecnologia bélica não é uma das mais baratas de serem desenvolvidas. É comum que grandes potências mundiais invistam pesado em seus armamentos, e isso traz benefícios até mesmo para a população, já que muito do que usamos hoje veio de algum conceito militar – a internet, por exemplo. Mas será que investir em armas nucleares é o caminho certo?
A economia russa não está em alta, e gastar tanto dinheiro em projetos como esse pode não agradar à população. Seja para bem ou para mal, o projeto está em andamento e tem previsão de começar a circular em ferrovias russas por volta de 2018. Será que teremos outra corrida nuclear no futuro?
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