(Fonte da imagem: ThinkStock)
Pode parecer clichê, mas a internet é mesmo um espaço lotado com todos os tipos de informação. Redes sociais, vídeos, blogs, portais de notícia e outras páginas contabilizam uma quantidade incrível de dados – todos com pouca ou nenhuma relação entre eles, até que você encontre um fator de conexão.
Essas ligações são o objetivo do Big Data, a tecnologia que automatiza essa análise de dados e cruza informações aparentemente isoladas para descobrir um padrão. Isso é definido por quem utiliza o serviço, como grandes empresas, que encontram dificuldades em controlar todos os seus setores. Em resumo, o trabalho do Big Data é encontrar padrões no que você faz na internet.
Imagine que você esteja pensando em comprar um computador novo, por exemplo. Você começa reclamando da lentidão de sua máquina no Twitter, visita vários sites de informática com dicas sobre um PC ideal e até fuça algumas lojas online em busca de preços. Dias depois, uma empresa que tenha cruzado todas essas informações via Big Data, notando a alta probabilidade de você comprar um eletrônico novo, pode enviar um email a você com produtos a preços tentadores. Mágico, não?
Mas não é só o varejo que se beneficia do manuseio de dados. A polícia pode monitorar melhor em quais áreas ou horários ocorrem mais assaltos em uma cidade, enquanto pesquisas de institutos científicos mal precisariam de questionários ou entrevistas, já que todas as informações estariam jogadas na internet, restando apenas um algoritmo que as organize adequadamente.
Espionagem bilionária
De acordo com o jornal O Globo, o mercado do especialistas em Big Data movimenta US$ 3,2 bilhões (quase R$ 6 bilhões) e tem perspectiva de triplicar esse rendimento nos próximos três anos, já que empresas e até a ciência devem apostar bastante nessa técnica. Mas tudo isso não funciona sem alguns obstáculos pela frente.
A estatística faz parte do trabalho com Big Data. (Fonte da imagem: ThinkStock)
Ainda há a dificuldade em manusear rapidamente (e de maneira eficiente) um número tão grande de dados, por exemplo. Além disso, os profissionais especializados e disponíveis na área são escassos, já que lidar com essa tecnologia envolve conhecimentos avançados em áreas como matemática, ciência da computação e estatística.
Por último, a velha questão da privacidade: apesar de trabalhar com informações que podem ser encontradas no Google, o Big Data é capaz de tirar conclusões que estão além do que você divulga diretamente, como sua probabilidade de comprar algum produto novo ou sua insatisfação com alguma coisa, se você costuma xingar muito nas redes sociais.
A partir de agora, procure tomar mais cuidado com o que você visita, compartilha e diz na internet. Mesmo que você se esqueça do que disse, alguém tem tudo isso guardado e pronto para ser usado.
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