Patrick Ruch, um dos responsáveis pelo projeto da IBM. (Fonte da imagem: Reprodução/BBC)
Não é de hoje que grandes empresas do ramo da tecnologia são fascinadas com o funcionamento do cérebro humano e estão tentando criar algo semelhante através da robótica. O problema é que esse órgão é o responsável por funções extremamente avançadas e consome apenas 20 watts por dia.
Dessa maneira, criar algo que tenha a mesma capacidade de cálculo que um cérebro orgânico e que não precise de uma quantidade absurda de energia é um dos maiores obstáculos da ciência atual. No entanto, a IBM está trabalhando para tentar fazer com que essa barreira seja vencida — e a ideia pode parecer bastante arrojada.
Sangue que não é sangue
De acordo com o que foi explicado pela companhia, eles estão baseando o funcionamento de um novo cérebro robótico a partir de um orgânico. Por conta disso, os pesquisadores da empresa trabalham com o que é chamado de Fluxo Redox, sendo que a ideia dos cientistas Patrick Ruch e Bruno Michel já está rendendo bons frutos com um protótipo.
A nova tecnologia consiste na utilização de um líquido eletrólito — substância capaz de gerar íons positivos e negativos para gerar eletricidade — e que está sendo chamado de “sangue eletrônico”. Ele tem a função de resfriar toda a máquina e também a de proporcionar energia ao cérebro artificial através de vias parecidas com as veias humanas.
Metas focadas em algo ainda maior
SuperMuc, supercomputador da IBM que já utiliza líquidos para o resfriamento. (Fonte da imagem: Reprodução/BBC)
Ainda segundo os responsáveis pelo projeto, o objetivo disso tudo é o de reduzir o tamanho de um supercomputador que ocupa meio campo de futebol para dimensões que possibilitem a utilização de máquinas deste gênero em mesas — e, em um futuro mais distante, fazer com que eles sejam do tamanho de cubos de açúcar.
O prazo para que resultados bem perceptíveis comecem a aparecer é até 2060, mas não há maiores detalhes de como o Fluxo Redox vai ser empregado para que os supercomputadores de hoje em dia se assemelhem com os cérebros humanos. Contudo, parece que a pesquisa é bastante promissora, não é?