No início desta terça-feira (6), vazou o roadmap completo dos próximos passos da Intel no mundo das tecnologias de armazenamento. E o grande nome desta nova geração de dispositivos é a plataforma Intel 3D XPoint, que promete mudar bastante o modo como acontece o armazenamento de dados nos drives de estado sólido (SSD).
Este método apresentado pela Intel promete muito mais eficiência e velocidade do que as oferecidas por aparelhos NAND comuns. Com o uso do armazenamento em níveis, os seletores dos SSDs conseguem fazer o acesso a bits de um modo individual. Além disso, o arranjo dos materiais permite que a troca de estado dos bits seja feita com até 1000x mais velocidade.
Na prática, espera-se uma melhoria mais tangível. De acordo com a própria Intel, os SSDs com tecnologia 3D XPoint devem ter performance sete vezes melhor do que os NANDs tradicionais. Também há a promessa de 8,11x menos latência, 1.000x mais durabilidade e 10x mais densidade. Tudo isso vai chegar ao mercado com o nome de Optane, que já teve outros traços revelados anteriormente.
3D XPoint
A memória 3D XPoint é uma tecnologia de memória não volátil (ou seja, de armazenamento) anunciada em 2015 que se difere dos processos atuais por usar diferentes camadas de circuitos — formando um arranjo tridimensional, em vez de bidimensional, como acontece nas memórias NAND Flash que estamos acostumados a ver no mercado.
Com os conectores perpendiculares conectados, forma-se uma estrutura com 128 bilhões de células de memória — algo que permite 16 GB de armazenamento em cada chip instalado no SSD. Este método 3D é obtido graças ao fato de as memórias Optane serem naturalmente empilháveis — assim como acontece com memórias HBM.
Uma grande diferença é que a tecnologia 3D XPoint vista nos módulos Optane dispensa o uso de transistores para acessar os dados. Exatamente: com o arranjo tridimensional, é possível fazer o acesso da memória somente com a variação da tensão enviada para cada setor do drive.
Computação de alta performance e virtualização são apenas duas das possibilidades que a Intel promete para os novos produtos
Outro grande trunfo está no fato de que o acesso aos dados armazenados nesta tecnologia elimina o gargalo de memória visto em outras configurações. Com o aumento da possibilidade no acesso à memória e a maior velocidade no fornecimento de dados ao processador, é possível criar um sistema completo e confiável para Big Data, computação de alta performance, virtualização, armazenamento em nuvem e outras aplicações de alta demanda.
Espaço de armazenamento
Os roadmaps da Intel não deixam muito claro quais serão as capacidades de armazenamento de cada um dos novos SSDs disponibilizados no mercado. No documento, é possível ver apenas as indicações de 16 GB ou 32 GB. Como você pode imaginar, isso seria muito pouco para um componente desse tipo, por isso há algumas especulações.
O mais provável é que essas capacidades sejam as vistas em cada chip instalado dentro do drive. Ou seja: em um drive com 10 chips de 16 GB, teríamos um total de 160 GB de espaço. Só teremos mais detalhes sobre isso quando a Intel anunciar os produtos oficialmente.
Mas quando?
Como mostra o documento vazado pelo DigiTimes, é certo que veremos o início das produções em massa desses novos SSDs já no segundo trimestre do próximo ano. Com isso, há grandes possibilidades de que vejamos os produtos chegando ao mercado para os consumidores no terceiro trimestre de 2017. Em resumo: em menos de um ano os novos dispositivos de memória devem estar por aí.
Ainda não há qualquer previsão de quanto a Intel vai cobrar pela tecnologia inovadora dos “SSDs 3D” que estão para chegar. É esperado que vejamos valores mais altos do que os da atual geração de dispositivos, mas ainda não se sabe o quanto isso será mais caro.
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Será que veremos uma verdadeira revolução com a chegada desses novos SSDs Optane?
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