Depois de uma conferência com investidores e analistas em Tóquio, o CEO da Sony, Kazuo Hirai, comentou à imprensa que a venda do setor de smartphones e TVs da corporação é uma possibilidade. Essas duas áreas têm dado prejuízos para a Sony há pelo menos seis anos praticamente seguidos, e, com a reestruturação que está acontecendo na empresa, é provável que elas sejam eliminadas.
Durante a conferência, Hirai explicou qual será a estratégia de negócios da Sony para os próximos três anos, e ficou claro que setores “capengas” da corporação não vão mais receber tanta atenção para se recuperarem. Em vez disso, a empresa decidiu investir seus recursos em áreas que estão dando certo, como video games, entretenimento e fabricação de componentes eletrônicos, por exemplo sensores de imagem.
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Venda ou parceria
Em 2014, a Sony chegou a vender a sua divisão de computadores pessoais como parte dessa mesma reestruturação. Naquela oportunidade, o setor de TVs foi separado para não comprometer os lucros da japonesa. Se o negócio de TVs — que deve aumentar sua produção em 2015 — for vendido definitivamente neste ano, é muito provável que o de smartphones também acabe nas mãos de outra empresa.
Apesar de considerar a venda do negócio de smartphones e tablets, que tem encarado concorrência muito forte em todos os segmentos, Hirai disse à Reuters que não vai forçar o desligamento desse setor. Isso só acontecerá se for necessário. Há também a possibilidade de uma parceria com outra empresa para manter a área funcionando.
Voltando a lucrar
Como o CEO e seu novo núcleo de executivos têm conseguido tirar a Sony praticamente da lama de 2013 para cá, é muito provável que qualquer ideia de reestruturação que ele sugira para o conselho da corporação seja aprovada. Espera-se que, pela primeira vez em muito tempo, a Sony feche um ano fiscal (03/2014 até 03/2015) sem prejuízos.
No acumulado de 2014, as ações da companhia japonesa subiram cerca de 80% por conta dessas mudanças promovidas por Hirai. Portanto, é muito provável que a icônica marca “Sony” desapareça do mundo mobile nos próximos anos.
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