(Fonte da imagem: Reprodução/Android Advices)
A Sony continua se mexendo para enfrentar a crise interna em que a empresa se encontra, uma vez que alguns indicadores vêm deixando os executivos da companhia muito preocupados. Recentemente, a empresa foi classificada com a posição de “Near-Junk” ("quase lixo") pela consultoria Moody.
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Além disso, as ações da multinacional bateram o menor valor dos últimos 32 anos. Isso sem falar no fato de que a empresa vem apresentando 5 anos consecutivos de resultados negativos. Diante de todos esses problemas, a companhia resolveu explorar novos mercados para voltar a crescer. Para isso, a Sony decidiu cortar custos e levantar dinheiro, tudo para que eles possam investir em novos mercados e, de quebra, pagar todas as suas dívidas de curto prazo.
Captando recursos
Para voltar a crescer, a empresa decidiu buscar uma forma de levantar dinheiro, e a única alternativa encontrada pela companhia para convencer os investidores foi realizar uma oferta de Títulos Retornáveis. Esse tipo de ação funciona de maneira diferenciada – e é um “papel” que apresenta muito mais segurança para quem realiza a sua compra.
Trocando em miúdos, quem adquire os Títulos Retornáveis da Sony deve pagar o seu valor agora, contudo, só poderá resgatar os seus direitos daqui a cinco anos, em novembro 2017. Em contrapartida, se a liquidez é baixa, quando a data chegar, os investidores contarão com duas alternativas.
Prédio da Sony em Tóquio (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Poderão trocar os Títulos por ações da companhia, caso esta reverta o prejuízos e volte a dar lucros, ou, então, retirar o montante investido, porém acrescido de 10% sobre o valor das ações no dia de hoje. Dessa forma, o risco para quem botar o seu dinheiro na companhia fica reduzido, uma vez que nas duas opções você pode sair ganhando.
Novos mercados
De acordo com a Bloomberg, a Sony pretende captar com a oferta de Títulos Retornáveis cerca de 1,9 bilhão de dólares – nada menos do que 150 bilhões de ienes. Desse valor, mais de um terço do dinheiro será investido na tecnologia de sensores de imagem CMOS, utilizada nas câmeras digitais.
A empresa, que recentemente adquiriu boa parte da Olympus, acredita que o mercado de imagens ainda deve crescer muito, principalmente com a evolução dos dispositivos portáteis e a presença de câmeras em gadgets como tablets e smartphones. Além disso, câmeras semiprofissionais devem ganhar mais atenção da companhia.
A fusão com a Olympus também deve render um novo mercado para a Sony, uma vez que as duas empresas devem se juntar no desenvolvimento de um novo negócio voltado ao mercado de tecnologias para equipamentos médicos.
Pagando dividas
Falando em fusão com a Olympus, outra boa parte do dinheiro obtido com a oferta de Títulos será gasta no pagamento da compra de ações da companhia, uma vez que a eles teriam adquirido quase 12% do total da empresa.
Além disso, a Sony também precisa terminar de pagar outra aquisição recente, a Gaikai, uma das pioneiras e maiores empresas de serviços de games na nuvem. Por fim, a companhia precisa custear o desligamento de cerca de 10 mil funcionários em todo o mundo.
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