Seguindo a onda de manifestações que invadiu Londres nos últimos dias, agora foi a vez do centro de distribuição da Sony, em Enfield (Norte de Londres), de ser atacado. Manifestantes saquearam o local, roubando diversos itens e depois atearam fogo no galpão. As chamas chegaram a alcançar diversos metros de altura e vídeos do fogo rapidamente se espalharam pelo YouTube.
Bombeiros tentam apagar o fogo no centro de distribuição da Sony em Londres (Fonte da imagem: Reuters/Chris Helgren)
Segundo um assessor da Sony, o galpão continha somente CDs, DVDs e Blu-rays da marca. Contudo, testemunhas afirmam terem visto diversas pessoas saindo do local com equipamentos eletrônicos. Felizmente, apesar da perda material, não houve feridos no ataque.
Embora a empresa tenha seguro dos itens, o valor das perdas se mantém incalculável. Como o prédio foi queimado completamente, ainda é impossível entrar no local para verificar prejuízos. Em declaração à agência Reuters, Yoko Yasukochi (porta-voz da Sony), afirma ainda que o incêndio também impactará nas entregas de produtos em território europeu.
À esquerda, o fogo ainda sobre o galpão. A direita, a imagem da destruição no início do dia. (Fonte da imagem: Reuters/Chris Helgren e Luke MacGregor)
Esse episódio foi só mais um dos diversos outros casos de manifestações e conflitos que têm se espalhado por Londres. Os distúrbios, que começaram no fim de semana, são suspeitos de terem sido gerados pela morte de um pai de família de 29 anos por policiais. A recessão e o desemprego também são motivadores da revolta.
Hackers também atacam
Outra grande empresa de tecnologia ameaçada pelos manifestantes foi a RIM, produtora dos celulares Blackberry, após ter se comprometido a ajudar os policiais nas buscas pelos envolvidos nos ataques. Hackers emitiram uma contraofensiva, ameaçando divulgar dados confidenciais sobre os funcionários da empresa, caso a RIM informasse à polícia dados sigilosos de seus clientes londrinos.
Apesar de a RIM ter dito que iria fazer o possível para ajudar nas buscas, ainda não se sabe se a empresa divulgará dados de GPS, logs de mensagens e ligações de seus clientes para as autoridades.
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