Recentemente, a Sony fez uma reunião com seus investidores para dar um panorama da situação da empresa. Após quatro anos, a responsável pelos consoles PlayStation enfim concluiu o seu processo de reestruturação, algo que estava em andamento desde que Kaz Hirai assumiu o cargo mais alto da companhia japonesa há quatro anos e que envolveu demissões e, evidentemente, algumas brigas com a velha guarda da companhia.
Apesar de Hirai ter declarado sua missão como “cumprida”, aparentemente a companhia vive um momento no qual está dependente do PlayStation para fazer com que os negócios continuem sustentáveis. Claro, a base instalada do PlayStation 4 colabora nesse aspecto (atualmente, há cerca de 40 milhões de produtos nas casas dos consumidores), além do fato de que a divisão Xperia deve sofrer diminuições em suas vendas neste ano.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
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Apesar de Hirai ter declarado sua missão como “cumprida”, aparentemente a companhia vive um momento no qual está dependente do PlayStation para fazer com que os negócios continuem sustentáveis
Estratégias voltadas para um produto
Caso alguém esteja se perguntando de onde vem a ideia de que o futuro da Sony está ligado ao PlayStation, vamos observar alguns casos. O primeiro projeto de realidade virtual da empresa, o PlayStation VR, é a dica mais concreta de que os planos devem seguir por esse caminho: ele visa explorar a quantidade de consoles que está espalhada ao redor do globo, o que já atrairia a atenção de um público considerável (vale lembrar que estamos falando de milhões de pessoas, e ao menos uma parte desse público está inclinado a adquirir o acessório).
PlayStation VR é uma das apostas da Sony que está ligada ao PlayStation 4
Somado a isso, também é possível trazer à tona o PlayStation Vue, o serviço de TV voltado para aqueles que possuem o video game e que já conta com mais de 100 mil assinaturas registradas, número que ainda deve crescer um pouco mais. Só até aqui temos dois grandes produtos que, como é possível perceber, estão centrados em uma única plataforma.
Também podemos mencionar o PlayStation 4 Neo. Como um console capaz de reproduzir conteúdos em 4K, ele seria um bom companheiro para os televisores da empresa que possuem essa tecnologia, especialmente quando consideramos que não há muito conteúdo com suporte a essa resolução disponível no mercado.
Atualmente, a PlayStation Plus já conta com mais de 20 milhões de assinaturas, o que representa metade da quantidade de PlayStation 4 que está por aí
Outro detalhe que entra nessa lista é o fato de que, atualmente, a PlayStation Plus já conta com mais de 20 milhões de assinaturas, o que representa metade da quantidade de PlayStation 4 que está por aí. Ainda que, olhando individualmente, o valor da assinatura não seja dos mais altos (é possível adquiri-la por 12 meses pagando US$ 49,99, ou R$ 99,99), esse valor somado pode gerar boas cifras para os cofres da empresa.
E será que isso vai dar certo?
Se você está com a pergunta acima na cabeça após observar todos os argumentos expostos, vale lembrar que a divisão de games da empresa não está indo mal das pernas. Entretanto, não é possível prever, ao menos por enquanto, se seguir por esse caminho realmente vai alavancar os ganhos – no momento, ela está em uma situação na qual os ventos sopram a seu favor.
Via TecMundo Games.
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