Agora já sabemos por que os smartphones da Sony têm ficado tão caros no mercado brasileiro. A empresa desistiu de fabricar seus produtos localmente e passou a importar todos os smartphones vendidos aqui. China e Tailândia são os países que estão mandando Xperias para o Brasil desde o lançamento do Z5, no início do ano.
A Sony afirmou que, com o fim da Lei do Bem, que incentivava a produção nacional de smartphones e outros eletrônicos, a fabricação local perdeu viabilidade econômica na escala em que a japonesa precisava.
“A Lei do Bem foi suspensa, e nós só temos produtos acima de R$ 1,8 mil (que não entram nesse incentivo fiscal), então decidimos importar esses modelos”, disse Ana Peretti, diretora de marketing da Sony no Brasil ao G1.
Mais versatilidade?
Peretti explicou que, além do fim do incentivo fiscal, a situação econômica do Brasil tem a ver com a decisão, mas não é só isso. Basicamente, importando os produtos, a marca tem mais versatilidade para responder à demanda, importando só o necessário e trazendo mais aparelhos quando ele faz sucesso. Basicamente, o mesmo que fez a Xiaomi quando parou de produzir localmente.
“Quando a gente fabrica aqui, o tempo para eu reagir à demanda é elevado. Por exemplo, demora mais para aumentar minha oferta do que quando ele (smartphone) é importado”, disse Peretti ao site.
A faixa dos modelos que custam mais de R$ 3 mil é a segunda que mais registra vendas no país
Fora isso, a marca está focando seus esforços em categorias mais lucrativas. Esse é outro fator que faz os aparelhos da Sony chegarem mais caros aqui. Segundo o IDC, a faixa dos modelos que custam mais de R$ 3 mil é a segunda que mais registra vendas no país, tendo um aumento de 101% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Dispositivos que custam entre R$ 1,6 mil e R$ 2 mil estão na terceira categoria que mais vende, crescendo 50% no período. É curioso notar, entretanto, que os modelos fabricados no Brasil ainda são muito mais consumidos que os importados. O IDC diz que, no ano passado, 91,4% de todos os aparelhos vendidos no país eram de fabricação local.
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