(Fonte da imagem: Reprodução/NameTag)
Por conta das redes sociais, blogs e diversas outras ferramentas, a internet é um “local” que guarda uma quantidade enorme de informações pessoais. E a utilização desses dados é uma atividade que levanta muitas polêmicas, sendo que o já conhecido aplicativo Lulu pode ser considerado um dos casos mais recentes que comprovam este raciocínio.
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Contudo, outro software está chegando para levantar diferentes tipos de discussão. Nós estamos falando do NameTag, que tem o objetivo de coletar informações sobre pessoas que você encontrou na rua ou até mesmo daquele vizinho distante, tudo isso por meio de uma fotografia facial do seu “alvo”, tirada com o seu smartphone.
Vasculhando os cantos da web
Para que isso seja possível, a ferramenta utiliza a foto para determinar a identidade da pessoa. Caso isso aconteça, o aplicativo começa a segunda parte do trabalho: procurar em redes sociais, sites de instituições e até mesmo em registros policiais algum tipo de informação, traçando um perfil do indivíduo que você deseja conhecer.
Dessa maneira, quando o NameTag entregar os resultados para você, vai ser possível conferir o nome, a carreira e até mesmo os interesses daquela menina bonita ou daquele cara simpático. No site do aplicativo, está explicado que o objetivo é o de fazer com que pessoas interessantes se encontrem e tenham algum tipo de relação.
Será que é muito estranho?
Exemplo de como as informações seriam dispostas pelo aplicativo. (Fonte da imagem: Reprodução/NameTag)
Contudo, como já é de se esperar, nem todas as pessoas se sentiriam confortáveis com este tipo de “perseguição”, de modo que o aplicativo resvala na já conhecida questão de privacidade. Como resposta, o pessoal do NameTag explicou que trabalha somente com dados disponibilizados publicamente — o que é discutível, já que a utilização deles não foi permitida.
Outro problema apontado pelo site PhanDroid é o fato de o software ser compatível com o Google Glass, resultando em fotografias do seu rosto sem a sua permissão (algo bem invasivo). Além de tudo isso, as informações coletadas pelo NameTag são salvas em um banco de dados sem que a pessoa em questão saiba, fato que também deve incomodar muita gente.
Melhorando relacionamentos...
Quando perguntados sobre o assunto, a equipe responsável pelo programa alegou que a intenção é apenas a de “turbinar” a vida social dos interessados por isso — tanto que poderia ser criado um perfil profissional e um social. E, se você não quer ser investigado pelo app, vai haver a alternativa de retirar o seu registro do ar.
Assim como já foi explicado no começo deste artigo, o NameTag ainda está chegando ao mercado, tendo apenas uma versão Beta de testes para o Google Glass. A intenção é lançar um aplicativo que rode no Android e no iOS, sendo que somente depois disso seremos capazes de avaliar se a ferramenta é realmente invasiva ou não — para mais informações, acesse o site oficial.
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