A Microsoft iniciou na última sexta-feira (22) a liberação do recurso Recall para consumidores donos de PCs Copilot+ e membros do programa Windows Insiders. Os usuários aptos a participar podem acessar a novidade a partir da atualização 26120.2415 (KB5046723) do sistema operacional Windows 11 na versão Preview Build.
Essa é a primeira prévia do Recall para a comunidade depois de polêmica envolvendo a função de inteligência artificial (IA). Ela se vende como "uma nova maneira de procurar por coisas que você viu ou fez no PC", mas logo após o anúncio foi acusada de ser um risco à privacidade dos usuários.
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De acordo com a Microsoft, a empresa está aberta a sugestões e críticas para melhorar a ferramenta antes da disponibilização na versão estável do Windows 11. Até o momento, não há uma previsão de lançamento do Recall, mas já se sabe que ele será exclusivo em um primeiro momento para máquinas que fazem parte da família de PCs Copilot+ e tem um chip Snapdragon.
O suporte para modelos com processadores Intel e AMD será confirmado "em breve" e, ao menos por enquanto, o português do Brasil não é um dos idiomas ofertados pela ferramenta.
O vai e volta do Recall
Anunciado em maio de 2024 como um dos destaques do Windows 11, o Recall é uma ferramenta de IA que está constantemente tirando capturas de tela das ações no seu computador. A ideia da função é permitir que você encontre e retorne a esses conteúdos posteriormente a partir de um mecanismo de busca.
Segundo a Microsoft, o recurso opera a partir de descrições em texto ou uma linha do tempo dos conteúdos armazenados. O Recall só pode ser aberto com a autenticação do usuário via Windows Hello.
Dias depois de ser revelado, ele foi alvo de críticas sobre uma possível violação de privacidade dos usuários. Além disso, um especialista em segurança comprovou que ele poderia ser usado para extrair dados de PCs.
Em junho, o lançamento do Recall — que deveria acontecer junto dos PCs Copilot+ — foi adiado por tempo indeterminado e a própria liberação aos membros do Windows Insider demorou a acontecer.
Depois de críticas e adiamentos, a Microsoft fez algumas alterações nas regras do serviço — incluindo a adição na opção de desinstalar a ferramenta, algo que antes não era possível.
A empresa garante também que o Recall não armazena telas que contenham dados considerados sensíveis, como telas de login ou de instituições financeiras. Além disso, ela não envia as capturas para servidores da empresa ou terceiros — afirmando ainda que esse conteúdo não será usado para treinar IAs generativas.
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