As ferramentas de inteligência artificial são responsáveis por gerar mais de 25% do novo código do Google para os seus diferentes tipos de produtos, de acordo com o CEO da companhia de Mountain View, Sundar Pichai. Ele revelou o dado durante a teleconferência de resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, na terça-feira (29).
Conforme o executivo, o uso da tecnologia traz impactos consideráveis nas práticas de programação, contribuindo para acelerar esses processos. Mas a automação do trabalho não é total, uma vez que os códigos precisam ser avaliados por programadores humanos antes da conclusão.
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Sundar Pichai se mostrou empolgado com o uso cada vez mais amplo das ferramentas de IA pelo Google.Fonte: Getty Images/Reprodução
“Também estamos usando IA internamente para melhorar nossos processos de programação, o que está aumentando a produtividade e a eficiência. Hoje, mais de um quarto de todo o novo código no Google é gerado por IA, depois revisado e aceito por engenheiros. Isso ajuda nossos engenheiros a fazer mais e avançar mais rápido”, comentou Pichai.
Embora recente, a programação assistida por inteligência artificial já está sendo adotada por diversas empresas. O GitHub Copilot estreou o método em 2021, como lembra o Ars Technica, com a tecnologia passando a ganhar soluções cada vez mais avançadas usadas pelo Google, Meta, OpenAI e Anthropic.
Programação baseada em IA é alvo de críticas
Mesmo com as vantagens oferecidas, entre as quais a otimização de processos e a eficiência, como citou o CEO do Google, a programação assistida por IA tem sido alvo de críticas. Desenvolvedores contrários ao método citam a inclusão de bugs como a maior preocupação, no momento.
De acordo com eles, softwares gerados por IA podem conter uma série de erros difíceis de identificar, que também surgem nos trabalhos em que a tecnologia é utilizada parcialmente. O problema foi abordado em um estudo feito pela Universidade de Stanford (EUA), no ano passado.
Por outro lado, especialistas como o ex-vice-presidente da Microsoft, Steven Sinofsky, defendem que os riscos de bugs oferecidos pela IA são os mesmos enfrentados pela programação ao longo de décadas, sempre que a tecnologia passa por mudanças impactantes.
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