O Google decidiu descontinuar o aplicativo que permitia executar o ChromeOS em dispositivos Android mais recentes com apenas um clique, tornando o procedimento muito mais fácil. A empresa confirmou o fim do projeto na quinta-feira (3), como noticiou o Android Authority.
Apresentado no início deste ano, o app “Ferrochrome” surgiu para demonstrar o poder dos recursos aprimorados de virtualização do Android. Com ele, era possível baixar, configurar e iniciar automaticamente o ChromeOS em um celular ou tablet Android praticamente sem nenhum trabalho.
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Mensagem confirmando o encerramento do app.Fonte: Android Open Source Project/Reprodução
Essa plataforma também realizava a configuração da máquina virtual no sistema operacional móvel, evitando o trabalho de baixar e instalar os arquivos necessários manualmente, bem como fazia a execução de scripts para os ajustes finais. Tais capacidades deixaram os usuários empolgados.
No entanto, o Google optou por encerrar a iniciativa, surpreendendo os desenvolvedores que utilizavam a ferramenta. A empresa confirmou a remoção do Ferrochrome do Android Open Source Project, comentando que não tinha planos de lançar o app nem manter seu código.
Projeto era apenas uma demonstração
Antes de decidir descontinuar o app que facilitava rodar o ChromeOS no Android, a gigante de Mountain View já havia comentado que a plataforma era apenas uma prova de conceito para mostrar a capacidade de transformar smartphones e tablets em Chromebooks ainda mais portáteis. O mecanismo aproveitava a tecnologia Android Virtualization Framework (AVF).
Introduzido no Android 13, o AVF nasceu com o objetivo de oferecer um ambiente seguro e privado para a virtualização. O recurso tinha algumas restrições, no início, mas recebeu uma série de melhorias no ano passado ganhando a capacidade de rodar sistemas operacionais alternativos mais complexos.
O fim do Ferrochrome não significa que o Google esteja deixando o AVF de lado. Conforme a publicação, é possível que a empresa comece a testar uma distribuição Debian baseada no Linux nos seus próximos experimentos envolvendo a tecnologia, no lugar do ChromeOS.
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