O Telegram bloqueou canais de comunicação e divulgação do grupo terrorista Hamas, que desde o início de outubro intensificou o conflito com o estado de Israel na região da Faixa de Gaza.
Segundo o CNBC, a medida vale apenas para aparelhos com o sistema operacional Android e envolve dois canais que eram usados para a publicação de declarações oficiais do grupo, além do envio de propaganda política aos usuários.
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O Telegram bloqueou o acesso a canais ligados ao HamasFonte: GettyImages
Em dispositivos com iOS, ambos seguem funcionando normalmente e não são os únicos grupos usados pelo Hamas — outro canal que permanece no ar, por exemplo, tem mais de 1,6 milhão de assinantes.
O bloqueio teria acontecido devido o fato do conteúdo compartilhado violar as políticas da Play Store. De acordo com o Google, não é permitido conteúdo violento e relacionado a terroristas.
O que diz o Telegram
O Telegram é uma das plataformas mais usadas atualmente por grupos palestinos, tanto para divulgação de informações sobre a situação na região quanto para mensagens do grupo terrorista.
Segundo o CEO da empresa, Pavel Durov, a decisão de não remover conteúdos relacionados à guerra visa "salvar vidas", já que eles podem conter detalhes sobre locais de abrigo ou potencialmente perigosos, por exemplo.
"É sempre tentador agir por impulsos emocionais. Mas essas situações complexas requerem uma consideração além e que deve levar em conta também a diferença entre plataformas sociais", diz o executivo em nota oficial. Ele ainda rejeitou a ideia de que o Telegram é usado para amplificar propaganda e que usuários só têm acesso a conteúdos que se inscreveram para receber.
Outras redes sociais, como o X (antigo Twitter), têm sido criticadas pela falta de moderação e até recomendação de perfis que espalham desinformação sobre o conflito.
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