Suspenso no Brasil após decisão da Justiça Federal do Espírito Santo, o Telegram foi removido da App Store nesta sexta-feira (28), impedindo novas instalações do mensageiro em dispositivos com iOS no território nacional. A medida foi tomada pela Apple em cumprimento a uma ordem judicial.
Ao acessar a loja oficial do iOS e realizar uma busca pelo app de mensagens, o programa não aparece em meio aos resultados. Dessa forma, quem nunca instalou o software no celular ou tablet da Maçã não conseguirá fazê-lo, pelo menos enquanto durar o bloqueio.
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Por outro lado, a versão desktop do mensageiro ainda continua disponível para download na Mac App Store, mas não deve demorar muito para que ela também seja removida pela big tech da loja de apps para computadores e notebooks da marca.
O Telegram segue bloqueado para usuários brasileiros.Fonte: GettyImages
Vale lembrar que quem possui o Telegram instalado no celular também não conseguirá usá-lo enquanto vigorar o bloqueio determinado pela justiça. Neste caso, os usuários terão que recorrer a outros serviços de mensagem para se comunicar, apostando em opções como o WhatsApp, Signal e Messenger, por exemplo.
E no Android?
Com o Telegram removido da App Store no Brasil, o mesmo deve acontecer com a Google Play Store, impossibilitando o download e novas instalações do mensageiro no Android. Neste momento, o app ainda está disponível na loja oficial da gigante das buscas, como confirmou o TecMundo.
Mas a remoção pode acontecer em breve, uma vez que a justiça determinou às operadoras de telefonia móvel e lojas de apps a retirada do mensageiro até que a empresa responsável por ele cumpra a ordem judicial. As autoridades solicitaram dados de administradores e integrantes de um grupo com temática neonazista na plataforma.
Em relação a isso, o CEO do Telegram, Pavel Durov, disse que vai apelar da decisão, mencionando a dificuldade de fornecer as informações solicitadas por meio da justiça. Além da exclusão das lojas de apps e do funcionamento interrompido, a empresa pode ser obrigada a pagar multa de R$ 1 milhão por dia de atraso no envio dos dados.