A Microsoft demorou cinco anos, mas corrigiu uma falha no sistema que causava um consumo exagerado de poder de processamento no PC pelo navegador Mozilla Firefox. A falha foi reportada pela primeira vez em fevereiro de 2018 por um gerente de design do Firefox, que notou o uso de 30% a mais de CPU que o normal pelo navegador.
O motivo seria a ativação de um serviço executável antimalware do pacote de segurança Windows Defender, que passava a agir de forma equivocada. Além disso, esse serviço da Microsoft passou a criar arquivos temporários em uma pasta no Windows, o que prejudicava ainda mais a máquina e desacelerava ainda mais o próprio Firefox.
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Após novos testes e relatos da comunidade, a Mozilla confirmou no mesmo ano que o erro estava no MsMpEng.exe, ou Microsoft Malware Protection Engine. A empresa ficou ciente do assunto por volta de agosto de 2018, mas não resolveu o problema.
Foi só em março de 2023 que uma nova solicitação para a Microsoft foi realizada, após um engenheiro sênior de software da Mozilla chamado Yannis Juglaret identificar exatamente o problema e apontar para a empresa onde o erro estava.
A cura chegou
A atualização de correção no Windows Defender finalmente foi lançada em 23 de março, chegando a toda a base de usuários logo depois. A ideia é que o MsMpEng.exe agora consuma até 75% menos CPU do que antes enquanto o Firefox também estiver aberto.
Os picos de atividade da CPU (em vermelho) caíram bastante após a atualização.Fonte: Mozilla
Segundo o engenheiro, entretanto, o problema foi apenas resolvido pela metade. A Mozilla também tem uma pequena parcela de culpa, já que o seu próprio design depende muito de uma função específica do Windows que faz a ativação do antivírus — algo que deve ser consertado em breve pela própria desenvolvedora.
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