A Samsung demonstrou com sucesso o funcionamento da primeira computação em memória do mundo baseada em MRAM (Magnetoresistive Random Access Memory). A tecnologia foi apresentada em um artigo na versão online da Nature, no qual é mostrado o esforço da empresa para desenvolver a computação em memória.
O novo paradigma de computação permite o armazenamento de dados e a computação em uma rede de memória com um processamento de grande quantidade de dados de maneira paralela sem precisar movê-los. Dessa forma, o consumo de energia é substancialmente reduzido.
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A tecnologia pode ter o funcionamento semelhante ao cérebro humano, com a formação de rede de memórias biológicas. “Essa rede de memória de estado sólido pode ser usada no futuro como uma plataforma para imitar o cérebro, modelando a conectividade das sinapses do cérebro”, escreveu Dr. Seungchul Jung, um dos autores do artigo.
Futuro da Inteligência Artificial
Memória MRAM pode imitar funcionamento do cérebro humano. (Fonte: Pixabay/Geralt/Reprodução)Fonte: Pixabay/Geralt/Reprodução
A computação em memória pode proporcionar um salto de desenvolvimento dos chips de IA de baixa potência de próxima geração. Pesquisadores em todo o mundo tentam desenvolver o uso de memórias não voláteis, como a MRAM, por sua alta estabilidade de dados e velocidade de operação. No entanto, a tecnologia apresenta baixa resistência.
Para superar esse problema, os pesquisadores substituíram a arquitetura de computação em memória padrão de “soma atual” por uma nova tecnologia baseada em memória de “soma de resistência”. Em testes, o chip MRAM teve uma precisão de 98% na classificação de dígitos escritos à mão e de 93% na detecção de rostos humanos em cenas.
A pesquisa é significativa, pois pode expandir a fronteira das tecnologias de chip de IA de baixa potência da próxima geração, introduzindo a MRAM no reino da computação em memória. Além disso, redes neuronais biológicas podem ser construídas a partir do novo chip, expandindo o uso de computação neuromórfica.
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